Futebol

Felipe enfrenta desafio para adiar a despedida no Vasco

Vindo de trás com a bola dominada, ainda como lateral, Felipe tinha tudo pela frente quando surgiu em 1997. Diante dos espaços reduzidos do meio-campo, aos 33 anos o craque tem a visão embaralhada pelas dificuldades que se anunciam. Com a necessidade de vencer o Avaí ou de obter empate com gols nesta quarta-feira em Florianópolis para levar o Vasco à final da Copa do Brasil, Felipe ainda enxerga glória, agora bem marcada pela iminência da despedida.

\" Meu contrato termina no fim de 2012 e já deixei claro que posso parar a qualquer momento. Quando sentir que não consigo mais render, chega \" disse o apoiador disposto a completar o ciclo de grandes conquistas no clube. \" Me motiva muito e aos mais jovens também, pela chance do primeiro título.

Entre o início promissor e a proximidade do fim, Felipe conquistou dois Brasileiros, uma Libertadores, um Rio-São Paulo e uma Copa Mercosul em três anos. Separados, clube e jogador perderam a antiga exuberância, denunciada pela calvície do craque e pelo jejum de títulos do Vasco na Série A.

Diante da chance do reencontro, ficou clara a tensão, há uma semana, no 1 a 1 com o Avaí . Na outra chave, houve empate sem gols entre Ceará e Coritiba que voltam a jogar amanhã no Paraná. Por mais que todos os semifinalistas estejam na Primeira Divisão, a Copa do Brasil é uma divisão de acesso para outro patamar. Para Ricardo Gomes, não é a grandeza do Vasco que está à prova, só o seu time, que viajou nesta segunda-feira para Florianópolis com posições em aberto: Fágner ou Allan na lateral e Felipe Bastos ou Eduardo Costa no meio. Bernardo deve ficar no banco.

\" A Copa do Brasil não muda a história do clube, mas pode acrescentar.

Com o paletó usado em viagens, Ricardo não se sente enforcado pela falta de um título de expressão como treinador. Antes de questões individuais, tem reforçado a necessidade de uma grande atuação coletiva. Enquanto o Maracanã precisará de milhões para erguer uma nova cobertura, dois funcionários usavam corda e roldana para subir e descer material em São Januário. Mais que a recuperação da marquise original, é preciso jogar bola para manter o torcedor sob o abrigo das melhores tradições do clube. Com a recomposição rápida na defesa e posse de bola ofensiva exigidas pelo treinador, Felipe tem o caminho aberto para adiar a despedida.

Fonte: Blog Jogo Extra - Extra