Futebol

Felipe diz que quer voltar a jogar em estádios cheios

Atorcida do Vasco pode começar a alimentar um sopro de esperança nessa prematura luta para deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Revelado nas divisões de base de São Januário, Felipe anunciou ontem seu retorno ao clube.

Com o mesmo número 6 às costas que usou em sua melhor fase no Vasco, camisa que ele mesmo escolheu, e a mesma disposição juvenil, ele volta sonhando com a formação de um time parecido com o que foi bicampeão brasileiro, campeão da Copa Libertadores em 1998 e também da Mercosul, em 2000.

— Com Zé Roberto e Carlos Alberto e a minha chegada, o Vasco certamente vai ter outra cara. O Celso Roth é um grande treinador, é do lado dos jogadores, e o Vasco tem tudo para retomar o caminho do sucesso.

Ele agora terá tempo para ajustar o time — disse Felipe ontem à noite.

Volta anima Carlos Alberto Aos 32 anos e após cinco anos no Qatar, o jogador volta feliz. Mas com a consciência de que está deixando para trás uma qualidade de vida difícil de ser igualada no Brasil. Amanhã, ele volta ao país árabe para tratar de seu desligamento do AlSadd e sua mudança.

— Vou lá resolver minha liberação.

Estou muito feliz pelo retorno, embora saiba que no Qatar levasse uma vida de qualidade inigualável. Meu filho de cinco anos estudava numa escola inglesa e fala inglês fluentemente. Coisa que não tive na infância. Mas minha família já abdicou de muita coisa em função da minha carreira e agora está na hora de reencontrar a torcida do Vasco.

Volto em busca de calor humano, que é o que falta lá. Quero voltar a jogar em estádios cheios — acrescenta Felipe, sem ignorar o peso que cai sobre seus ombros. — É mais um desafio e nunca fugi dos desafios que enfrentei.

O anúncio da volta de Felipe criou uma expectativa positiva em alguns companheiros de Vasco. Entre eles, o atacante Carlos Alberto: — Além da habilidade que todos conhecem, Felipe tem experiência, está acostumado a jogar jogos importantes e já conhece o Vasco. É bom para o grupo ter jogadores que conhecem o clube e estão identificados com o torcedor.

Com a ameaça de perder Carlos Alberto e Philippe Coutinho, a diretoria tenta atacantes como Washington, do São Paulo, e Éder Luís, do Benfica.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)

Fonte: Jornal O Globo