Futebol

Felipe aponta o gol que mais o marcou com a camisa do Vasco

Em um futebol em que jogadores trocam de camisa com a mesma velocidade que Romário dava uma arrancada no auge da carreira, Felipe chega hoje a uma marca rara. Na partida contra o Náutico, às 21h50m, pela oitavas de final da Copa do Brasil, ele completa o jogo 300 pelo Vasco. Depois de ter vencido o jogo de ida por 3 a 0, a equipe pode até perder por dois gols de diferença que se classifica. E, embora longe dos 1.110 jogos de Roberto Dinamite pelo clube, Felipe ainda espera jogar por bastante tempo.

— Eu não tenho data prevista para parar. Tenho contrato até 2012. Se no fim do ano não conseguir manter o nível, sou o primeiro a parar. Não vale manchar a carreira por mais seis meses. Mas, se conseguir manter o nível, ainda vou jogar por bastante tempo — disse o camisa 6, que já sabe que mais quer do time na data especial: — Fico feliz por conseguir a marca. Eu gostaria que a equipe me desse de presente a classificação para as quartas de final.

Gol contra o Flamengo

Felipe não gosta muito de dar entrevistas, mas ontem estava bem-humorado. Na hora de escolher o gol que mais o marcou com a camisa do Vasco, ele ironizou:

— Difícil lembrar o que eu comi ontem (risos). Mas acho que um importante foi o gol de empate contra o Flamengo (na final da Taça Guanabara de 2000).

Do menino que treinava futsal no Vasco aos 8 anos, ao lado do amigo Pedrinho, pouco restou. O topete já não está lá, assim como a velocidade que os anos levaram.

— Em tudo na vida você perde e ganha. Eu perdi velocidade, mas ganhei experiência — afirmou Felipe, que apontou a partida que não sai da sua cabeça: — Contra o Real Madrid (final do Mundial Interclubes de 1998) fomos muito superiores. Jogamos muito bem, mas não ganhamos. O futebol tem dessas coisas. Aquele jogo faltou sorte, mas fomos melhores — lamentou o meia, que vai a campo com uma camisa com o número 300 e receberá uma placa.

Fonte: Extra