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Família reclama do Vasco um ano após morte do garoto Wendel

Dia 9 de fevereiro do ano passado, o menino Wendel Venâncio da Silva realizava o sonho de fazer testes no Vasco da Gama, seu time do coração. No dia seguinte, ele estava sendo velado no cemitério de São João Nepomuceno (MG), sua cidade natal, após ter sofrido um mal súbito durante o treino. Ele chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu. Um ano após a morte, os pais ainda cobram explicações do clube carioca e exigem justiça (assista ao vídeo).

O laudo saiu somente em junho e apontou morte súbita por problemas cardíacos e bronquite crônica como causas da morte do garoto, que tinha apenas 14 anos. Em sua primeira manifestação sobre o caso, o clube alegou que o menino apresentou atestado médico e informou que estaria prestando assistência à família, o que é negado pelos pais. Antônio Carlos e Rita de Cássia não se conformam. - É muita dor, saudade e muita tristeza. O que mais me dói é essa negligência do Vasco. Me admiro porque é um time grande, tão falado... e brincar com a vida das pessoas, com a vida de uma criança - disse.

Wendel fazia o segundo treino no centro de treinamento das divisões de base do clube, em Itaguaí, quando passou mal. Não havia ambulância no local. O menino chegou a ser conduzido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas já chegou morto ao hospital.

- Não me conformo. Meu filho não tem como trazer de volta, mas quero justiça para não acontecer com outra família - declarou o pai.

Para a mãe, Wendel foi esquecido pelo clube. O caso teve grande repercussão, mas a família ainda espera respostas. 

- O Wendel, para ele (Vasco), nem existe... nem existiu para eles - desabafou.

Na casa do garoto, a família ainda guarda os troféus, medalhas e o par de chuteiras do jovem. A saudade persiste e, um ano depois, o pai lembra da última conversa com o filho.

- Na véspera do que aconteceu com ele, essa fatalidade, conversei com ele por telefone: \"Pai, estou bem, estou tranquilo\" - recorda.

Fonte: ge