Futebol

"Família Germano" e o objetivo de conseguir a idolatria no Vasco

Já virou rotina em Atibaia. Termina o treino, os jogadores pouco a pouco vão deixando o gramado, tirando as chuteiras, passando pela pesagem e seguindo para seus quartos. Enquanto isso, a “Turma do Germano”, carinhosamente apelidada por alguns membros da comissão do clube, continua realizando atividades, ou batendo um bom papo próximo a um dos gols do campo do hotel. O isolamento dos goleiros vascaínos, sob o comando de Carlos Germano, acabou transformando o pequeno grupo em uma verdadeira família, com um paizão, um tio e seus sobrinhos.

Fernando Prass, titular do time principal, Alessandro e Cestaro, que dão seus primeiros passos no profissional, além de Lucas, dos juniores, integram a Turma do Germano. Como em uma família, A Muralha da Colina até ganhou apelido de tio, mas também tem muito a aprender com seus “sobrinhos”.

– Ficamos muito tempo juntos. Existe uma sintonia, um companheirismo entre todos, até por conta desse isolamento. Já passei por tudo isso, por essa essa transição da base para o profissional. Tento passar um pouco do que vivi para eles, mas quem cobra mesmo é o Germano. Além disso, apesar de jovens, os garotos também dão uns toques quando percebem algum erro de posicionamento – disse Prass.

Durante o bate-papo do LANCE! com os goleiros, o clima descontraído tomou conta e algumas brincadeiras quanto ao “treinamento arranca-couro” foram surgindo. Germano, porém, defende-se.

– Também não chego aqui para tirar o couro da rapaziada. É claro que, nessa época, os trabalhos precisam ser de uma intensidade maior. Nesses dias, eles têm sofrido. Além disso, nossos treinos costumam demorar mais um pouco porque paro, converso. Ficamos no nosso canto, mas sempre trabalhando – destacou Germano, o paizão do grupo.

Apesar das brincadeiras, os goleiros sabem que o esforço valerá a pena. Afinal, todos eles buscam o mesmo objetivo: virar ídolo do Vasco, como o próprio Carlos Germano.

– Ele é um ídolo do clube. Desde meus oito anos já via o Germano jogar, da arquibancada. Quando tive o primeiro contato com ele, até tremi. Todos aqui querem ser um ídolo também – lembrou Cestaro, que chegou ao Vasco aos seis anos.

Fonte: Jornal Lance