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Falta de um bom executivo de futebol deixa Vasco vulnerável

A venda dos direitos econômicos é, hoje em dia, uma das três maiores receitas correntes dos clubes de futebol – ao lado de patrocínios e dinheiro de bilheteria.

E aqui é preciso explicar a não inclusão nesta lista dos valores arrecadados com os direitos de transmissão dos jogos: o contrato atual vai até 2024 e a única forma de aumentar estes ganhos é melhorando o índice pela performance técnica.

É importante, portanto, ter no comando do futebol um executivo capaz de organizar os processos.

Alguém capaz de, fazer dessa pasta um negócio à parte, capaz de transformar em dinheiro a principal matéria prima do clube: seus atletas.

E escrevo isso porque com a divulgação dos principais balanços de 2019 puder perceber que Vasco e Botafogo, realmente, arrecadaram pouco.

O primeiro fez apenas os R$ 11,8 milhões da transferência do meia-atacante Evander para o Midtjylland da Dinamarca;

E o segundo, R$ 36 milhões, com a venda de cinco jogadores, tendo como principal operação (R$ 18,7 milhões) a ida de Matheus Fernandes para o Palmeiras.

O Fluminense fez R$ 105 milhões com a transferência de seis jogadores, dentre eles Pedro e João Pedro;

E o Flamengo R$ 112,2 milhões com a venda dos direitos econômicos de nove.

É bom que se diga: não estão computados os casos daqueles que deixaram os clubes só para desonerar os custos da folha de pagamento.

Aliás, outra competência de um bom executivo de futebol.

A dupla Fla-Flu teve onze deste tipo, cada um – Botafogo e Vasco não informaram em seus balanços.

De qualquer forma, é possível enxergar que eles precisam melhorar o comando executivo do futebol.

A presença de um homem de mercado que seja cobrado também por metas financeiras, além do lado técnico, é primordial.

Não tem cabimento, que estes clubes, formadores de talento que são, terem receitas tão baixa nesta rubrica.

Não à toa, o Botafogo registrou um déficit de R$ 20,8 milhões, e o Vasco, R$ 5 milhões.

E o Fluminense só não ficou com um saldo negativo maior do que os R$ 9,3 milhões justamente por conta das vendas dos direitos econômicos que produz...

Fonte: Blog Futebol coisa & tal - Gilmar Ferreira - Extra