Falta de entrosamento atrapalha o Vasco
Na possível escalação do Vasco para a partida contra a Ponte Preta, o panorama é o seguinte: Fernando Prass nunca jogou com Fágner, que nunca jogou com Ernani, que nunca jogou com Mateus. O volante nunca jogou com Magno, que nunca jogou com Alex Teixeira, que - finalmente! - já jogou com Elton. A dificuldade em encontrar o entrosamento ideal é apontada pelo técnico Dorival Júnior como um dos motivos para a decepcionante campanha do Vasco na Série B. O treinador não deixa de estar certo.
- Sei que precisamos superar esse tipo de dificuldade, mas perdemos muitos jogadores por lesão, por causa de cartões. Fica difícil encontrarmos um equilíbrio desse jeito - ponderou Dorival.
De certa forma, o Cruzmaltino, desde o início da temporada, tem sido obrigado a se reinventar. Já na primeira partida do ano, contra o Americano, dois jogadores considerados titulares na época - Gian e Fernandinho - ficaram fora por causa de lesões. Foi o indício do que seria a tônica em 2009. Nada menos do que 36 jogadores entraram em campo pelo time de São Januário.
A alta rotatividade tem seus pontos positivos, uma vez que a disputa por posições mantém o elenco inteiro motivado. O problema é que, sem coesão dentro de campo, não há motivação que vença as partidas.
- É muito ruim mudar sempre, não conseguir ter um time-base por lesões e cartões. Mas é assim que surge a oportunidade para quem está fora. Quem entra, quer mostrar serviço - ressaltou o zagueiro Titi.