Faioli e Ernane seguem em ostracismo no Vasco
Encostados FC: jogadores que se perdem no anonimato
Qual caminhada é mais longa? Chegar a um clube grande ou se firmar nele? Para alguns daqueles que foram contratados como solução para os problemas dos doze maiores clubes do país não há dúvidas de que a segunda opção é a mais complicada. Eles são atletas que realizaram o sonho de vestir a camisa de gigantes cariocas, paulistas, gaúchos e mineiros, mas, na maioria das vezes, apenas na apresentação oficial.
Foi o que aconteceu, por exemplo, com o colombiano Reina, do Cruzeiro, e Almeida, do Corinthians. Contratados com boas referências, a dupla apenas participou de treinamento.
Em situação parecida estão Eltinho, do Flamengo, e os também corintianos Alves e Rafinha. Os três participaram apenas de uma partida por seus clubes, apesar de terem sido muito elogiados quando anunciados. Rafinha, inclusive, foi apresentado como grande revelação pelo presidente do Timão, Andrés Sanches, mesmo tom adotado pelo técnico Caio Júnior ao falar de Eltinho, que chegou para ser reserva imediato de Juan e sequer surge como opção quando o camisa 6 vai para a seleção.
Na lista dos \"desprezados\" há lugar também para destaques em clubes da Série B, mas que na Série A se tornaram apenas mais um. Túlio Souza exemplifica bem esta situação. Destaque no Coritiba campeão da Segundona em 2007, ele teve pouquíssimas oportunidades no Botafogo e ultimamente não é relacionado nem para o banco de reservas.
Há também atletas de passado glorioso, mas que deixam a desejar no presente. Homem de confiança de Mano Menezes no Grêmio da Batalha dos Aflitos em 2005, Marcel decepcionou o comandante em sua passagem pelo Parque São Jorge e é carta fora do baralho. Assim como Bustos, eficiente no Grêmio e abaixo na média no Internacional. Entretanto, o caso mais relevante é o de Júnior. Pentacampeão mundial com a seleção brasileira, o lateral-esquerdo praticamente só participa de partidas com o time B do São Paulo e nem ouse perguntar a Muricy o motivo.
Hoje em segundo plano, alguns, ao menos, já experimentaram os holofotes. Um dos que brilharam foi Jorge Preá, atacante do Palmeiras. Autor do gol da vitória do Verdão sobre a Portuguesa no Paulistão, dando início à arrancada que terminou em título. Menos iluminado, mas também badalado. Michael Jackson Quiñonez chamou mais atenção pelo folclore do que pelo futebol apresentado no Santos, que também \"esqueceu\" do jovem Adoniran.
No Fluminense, os volantes Fabinho e Ygor já gozaram de mais moral nas Laranjeiras e ainda têm esperança de ganhar novas oportunidades. O primeiro chegou a ser titular absoluto nos tempos do técnico Renato Gaúcho e o segundo já venceu a Libertadores quando atuava no Beira-Rio. A situação de Faioli no Vasco é mais dramática, pois ele está esquecido e treinando à parte há algum tempo. Outros como Ernane deram a volta por cima, mas o atacante ainda segue no ostracismo.
Por fim, aqueles que até tentaram ajudar, mas a condição física não ajudou. No Atlético-MG, Beto, ex-Flu, e Nen, ex-Palmeiras, se lesionaram e foram pouco aproveitados. Menos mal que o Galo está distante da zona de rebaixamento.
A exceção entre os grandes do futebol brasileiro é o Grêmio, que não tem nenhum jogador encostado no seu elenco.
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