Fabrício revela pedido de desculpas a Valentim e diz: "Não posso errar"
Hostilizado pela torcida em São Januário, jogador deixou o jogo no 2º tempo, discutiu com PC Gusmão na saída do túnel e foi direto para o vestiário.
Conhecido pelo pavio curto, Fabrício voltou a protagonizar cena turbulenta nesta sexta-feira, no empate em 1 a 1 com o Internacional. Aos 15 minutos do 2º tempo, ao deixar o campo para a entrada de Thiago Galhardo, o jogador bateu na bandeirinha de escanteio, discutiu com Paulo César Gusmão e, vaiado pela torcida, foi direto para o vestiário.
Ainda em São Januário após a partida, Fabrício afirmou ter deixado o campo chateado com a própria atuação e preferiu esfriar a cabeça antes de qualquer outra reação.
- Saí bravo comigo mesmo, ninguém quer sair do jogo. Tenho certeza que o professor Alberto optou pela minha saída para o melhor do time. Eu queria continuar, mas acontece. A rapaziada me abraçou depois, estamos juntos, vamos até o final. Eu optei por ir para o vestiário, não é a decisão certa, mas eu quis tomar um banho, esfriar a cabeça e voltei, assisti ao jogo do túnel, com o PC (Gusmão).
O jogador, que revelou pedido de desculpas ao treinador Alberto Valentim, ainda destacou a pressão sofrida em São Januário.
- Já pedi desculpas para o Alberto, já falei para ele que um treinador, que é o Abel (Braga), já segurou minha bronca muitas vezes, e o Alberto, mesmo sendo jovem, está segurando a minha bronca aqui no Vasco, sabendo que é difícil. Eu estou todo dia no treinamento, batalhando, lutando para buscar meu espaço. Quando chega aqui em São Januário eu sei que tenho que dar meu melhor, correr, batalhar, sabendo que eu não posso errar, porque se errar a torcida vai vir toda contra mim. Isso não é bom para o grupo, estou bem ciente disso - afirmou Fabrício.
Durante coletiva de imprensa após o empate, Alberto Valentim não fugiu do tema, mas preferiu ver o momento pela ótica do jogador, alvo de críticas da torcida.
- O Fabrício queria continuar na partida, e a gente tem que entender um pouquinho o quanto ele recebe de pressão. Não é fácil para ele se preparar para o jogo, principalmente aqui. Temos que entender um pouco. É um ser humano que sofre uma pressão tão grande. Pressão maior que a dele, talvez só a do presidente - disse Valentim.
Fonte: (ge)Mais lidas
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