Exames feitos pelo Coritiba decretaram fim da carreira de Everton Costa
A carreira de Everton Costa chegou ao fim, aos 29 anos de idade. Os exames aos quais o atacante foi submetido pela comissão médica do Coritiba, na reapresentação do clube em janeiro deste ano, diagnosticaram problema cardíaco que representa risco de morte no caso de dar seguimento à prática esportiva. Foram realizadas três avaliações médicas. Os profissionais responsáveis pela área no clube paranaense não quiseram se pronunciar oficialmente até o momento, e só o farão se obtiverem a anuência do jogador ou do seu representante. Nesta quarta-feira, Jorge Machado, empresário e gestor da carreira de Everton, confirmou a 'sentença'.
- Everton foi vetado pelo Coritiba para seguir como jogador profissional. Dói muito dizer isso, mas é a realidade - disse, emocionado, ao blog Ponta de Lança e ao SporTV.
O drama teve início há menos de um ano. No dia 16 de abril de 2014, Everton Costa se sentiu mal durante a partida entre Vasco e Resende, pela Copa do Brasil. Ele fora acometido por forte arritmia, provocada, de acordo com os médicos do Vasco, por uma miocardite (inflamação do miocárdio). Everton passou por cirurgia para o implante de um desfibrilador, sob os cuidados do cardiologista Gustavo Gouvêa, contratado pelo clube carioca para cuidar do caso.
Durante o tratamento, foi lhe dada a esperança de prosseguir jogando. No dia 31 de dezembro, o contrato de empréstimo do Coritiba ao Vasco se encerrou, finalizando também a assistência médica de Gouvêa ao jogador. Ao blog, o médico disse que havia liberado Everton para realizar atividades físicas, como corrida em esteira e musculação, e projetava para breve a sua volta aos gramados.
- Ele estava liberado para exercícios leves, e, de acordo com o planejamento médico, poderia voltar a jogar em 70 dias. Mas ele passou aos cuidados da comissão médica do Coritiba, e eu não sei o que ficou definido - dissera dias atrás.
O Coritiba tem prestado toda a assistência a Everton Costa, não apenas com relação à saúde.
- A maior preocupação nessa hora é resguardar o ser humano. Represento o Éverton desde os 17 anos de idade. É um guri que sempre vou cuidar dele, vai ter todo o amparo. Hoje, ele é um exemplo de vida para os outros jogadores. Ele vai continuar ligado ao futebol, trabalhando comigo no meu escritório. Além disso, está segurado pelo Coritiba, está protegido por isso, e seguirá recebendo salário por 1 ano. A diretoria do Coritiba está dando todo o apoio necessário - elogia Machado.
O mesmo não pôde dizer do Vasco. Machado disse que o clube ficou os quatro últimos meses do contrato sem pagar ao jogador.
- O Vasco já teve problemas com o Dener, que morreu e a família dele reclamou falta de pagamento. É um absurdo o Vasco fazer isso com o Everton - atacou.
Em sua participação ao vivo no "Arena SporTV" nesta quarta, Machado fez outra revelação: a de que o Santos omitiu que o jogador era portador da doença de Chagas – com a qual pode provocar inchaço do coração e até matar -, quando da passagem de Everton pelo clube, em 2013.
- Um médico do Vasco contou à família do Everton que soube de um médico do Santos, que não sei o nome, que o clube havia detectado a doença no atacante, e não repassou a informação na ocasião da transferência.
Paranaense, de Ponta Grossa, Everton iniciou a carreira no Galo Maringá. Depois, defendeu Grêmio, Paulista, Fredrikstad (Noruega), Caxias (RS), Internacional, Bahia, Coritiba, Santos, Vasco e, este ano, regressou ao Coritiba, detentor de seus direitos.
Fonte: Blog Ponta de Lança ge