Ex-VP de Patrimônio critica falta de planejamento do Vasco
Em recente participação na mesa redonda do programa “Balanço Esportivo”, do CNT, o empresário Fred Lopes, conselheiro e ex-vice-presidente de Patrimônio do Vasco, afirmou que a falta de um melhor planejamento administrativo está causando problemas ao clube. Como exemplo, citou o empréstimo do atacante Éder Luís, anunciado na manhã do jogo com o Corinthians, no último dia 25 de agosto, o que surpreendeu até o técnico Dorival Júnior, que o havia escalado.
- O Vasco devia US$5 milhões ao Benfica e o emprestou por US$6 milhões. Tinha de fazê-lo, foi bom negócio. Mas, por que não preservar o atleta? A transação estava fechada e não precisavam anunciá-la da forma como aconteceu. Eu faria diferente – disse ele, que apoia Roberto Monteiro na eleição à presidência do clube em 2014, como representante do grupo IDENTIDADE VASCO.
Fred Lopes questiona as vantagens do recente acordo feito com a União, com o Vasco dando o terreno de São Januário como garantia para obtenção, na Receita Federal, das certidões negativas de débito. Para ele, sem um planejamento adequado será difícil para o clube ter de pagar cerca de R$70 milhões aos cofres públicos até 2018, já que o parcelamento é severo, e piora com o passar do tempo.
Outro exemplo que cita sobre a desorganização da diretoria, da qual fez parte até decepcionar-se com Roberto Dinamite e pedir demissão, é a contratação de vários reforços em plena disputa do Campeonato Brasileiro, o que torna quase impossível que o time adquira o entrosamento ideal até o fim da competição.
Identificado com as propostas de Roberto Monteiro – que é vice-presidente do Conselho Deliberativo do clube –, Fred Lopes vê no candidato do grupo IDENTIDADE VASCO o mais preparado para reconduzir o Vasco ao seu inevitável destino de glórias: “A falta de planejamento está em toda parte, inclusive na base. Outro dia mesmo, estive em São Januário e vi o Dorival ensinando um zagueiro a subir e a cabecear uma bola. Isto não existe” – observa, acrescentando: “Muitos dirigentes brasileiros não têm a coragem de manter um treinador, e, após duas ou três derrotas, livram-se na culpa mandando-o embora. E geralmente quem paga a conta é o time.”
- Sem dúvida. O Vasco não pode voltar ao que era na década passada, quando não ganhou quase nada e, de quebra, vivia sob uma espécie de ditadura. E nem ficar como está, nessa desorganização, com salários atrasados e outros problemas de gestão. Sobre o Dinamite, temos que separar o ídolo-jogador do dirigente, pois, nesta função, não tem a menor experiência – concluiu.
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