Ex-companheiros de Paulo Autuori elogiam o treinador vascaíno

Basta um técnico balançar no comando do São Paulo que o nome de Paulo Autuori volta a ganhar força entre conselheiros, torcedores e até dirigentes. Treinador do Tricolor nas conquistas da Taça Libertadores e do Mundial de Clubes em 2005, ele reencontra o antigo clube nesta quarta-feira, às 19h30m, no Morumbi, agora dirigindo o Vasco. Elogios não faltaram.

– O Paulo é um dos grandes caras que passaram por aqui. Seu trabalho foi importante e significativo nas conquistas de 2005 e fico feliz que, quase oito anos depois, ele ainda continua treinando grandes clubes. Como ser humano e pessoa, foi um cara com quem tive o enorme prazer de trabalhar – disse o goleiro Rogério Ceni.

Desde que decidiu não renovar o contrato com o São Paulo, após a vitória sobre o Liverpool, no Japão, Paulo Autuori tem o nome especulado no Tricolor. Apenas durante a gestão Muricy Ramalho, tricampeão brasileiro pelo clube, os boatos esfriaram. No entanto, reapareceram quando o técnico acabou desligado pela diretoria após fracassar na Libertadores de 2009.

Os sucessores de Muricy tiveram de conviver com a sombra a cada tropeço. Ricardo Gomes, Adilson Batista, Paulo César Carpegiani e Emerson Leão assumiram a equipe em um momento de transição e não conseguiram resultados expressivos. Quem mais chegou perto foi o primeiro. O hoje coordenador técnico do Vasco levou o time às semifinais do maior torneio das Américas em 2010, mas foi eliminado pelo Internacional.

Até mesmo Ney Franco passou por isso. Muito questionado no início deste ano por conta das atuações ruins e das duas eliminações, o treinador viu o fantasma de Autuori reaparecer. Para mudar o histórico de demissões seguidas de treinadores, a diretoria decidiu mantê-lo.

O retorno de Autuori, aliás, chegou a estar próximo. Em 2011, ele e o presidente Juvenal Juvêncio, diretor de futebol na conquista do Mundial, negociaram a volta por semanas, mas não entraram em acordo financeiro. Desde que deixou o clube, o treinador passou por Kashima Antlers, Cruzeiro e Grêmio, além de trabalhar no Al Rayyan, do Qatar, e nas seleções olímpica e principal do mesmo país.

– É uma alegria muito grande poder reencontrar um amigo. Temos uma amizade bacana e sempre conversamos sobre futebol. É gostoso poder relembrar os bons momentos que passamos aqui – contou o coordenador técnico Milton Cruz.

O São Paulo garante: Ney Franco cumprirá o contrato dele até o fim – acaba em 31 de dezembro de 2013. Depois disso, o velho fantasma voltará a rondar o Morumbi.