Éverton Costa volta a atuar após parar carreira devido a problemas de saúde
Três meses depois de anunciar o fim da carreira por conta de problemas cardíacos, Éverton Costa sentiu de novo o gostinho da rotina de um jogador de futebol. O ex-atacante de Grêmio, Inter, Santos, Vasco e Caxias visitou o clube grená da serra gaúcha e participou de parte do treinamento na manhã deste sábado, no CT Baixada Rubra. O trabalho foi o último na preparação do Caxias antes do clássico Ca-Ju, contra o maior rival Juventude, pela segunda rodada da Série C. O jogo começa às 16h deste domingo, no Alfredo Jaconi.
Éverton, que defendeu o Caxias em 2010 e 2011, fez todo o processo como se ainda fizesse parte do grupo de jogadores. Foi até o vestiário, vestiu o fardamento e partiu para o aquecimento em campo. Depois, foi chamado pelo técnico Luis Antonio Zaluar para participar do treino recreativo.
Esteve em campo por 30 minutos. Correu, arriscou chutes e aplicou até um lençol em um dos marcadores. Ao final da atividade, agradeceu a oportunidade:
- É sempre um prazer voltar ao Centenário. Sinto-me muito bem aqui - disse.
Após sofrer uma arritmia cardíaca em meados de abril de 2014, durante uma partida da Copa do Brasil pelo Vasco, o jogador não atuou mais profissionalmente. Em fevereiro deste ano, anunciou a aposentadoria.
O DRAMA DE ÉVERTON COSTA
Everton Costa sentiu-se mal durante a partida contra o Resende, válida pela primeira fase da Copa do Brasil, no dia 16 de abril. No hospital, os exames constataram uma arritmia cardíaca - causada por uma miocardite (processo inflamatório do músculo cardíaco). Três dias depois, o departamento médico do Vasco e o cardiologista Gustavo Gouvêa deram uma entrevista coletiva para explicar detalhes do ocorrido. Na ocasião, foi anunciado que seria preciso realizar novos exames dentro de um mês para descobrir se o jogador teria condições de seguir atuando profissionalmente.
Foram seis dias internado no hospital. Depois que recebeu alta, o jogador se recuperou em casa - onde teve os batimentos cardíacos monitorados por um aparelho - sem realizar esforço físico. Em junho, pouco menos de dois meses depois do problema, o atacante foi submetido a uma cirurgia para colocar um desfibrilador implantado no coração - caso contrário não poderia mais voltar a jogar futebol.
O dispositivo é uma espécie de marca-passo capaz de dar choques para corrigir novas alterações nos batimentos cardíacos do atleta. Desde o início, os médicos deixaram claro que seria preciso esperar seis meses do fato inicial para decidir se o jogador teria condições de voltar a atuar profissionalmente. A data foi completada no dia 16 de outubro. No início de novembro, o jogador voltou aos treinos, mas não participou de nenhuma partida oficial.
Fonte: ge
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