Futebol

Euriquinho fala sobre contratações, Thalles e planejamento para 2018

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A classificação para a Libertadores não vai alterar o patamar de investimento do Vasco. É o que garante Eurico Brandão, vice-presidente de futebol do clube. Segundo o dirigente, a situação financeira ainda é delicada, e o grande desafio será montar um elenco competitivo sem gastar tanto. Ou seja: repetir o que foi feito em 2017, mas desta vez com ambições maiores.

A atual temporada foi a primeira de Euriquinho, como é conhecido o filho do presidente Eurico Miranda, efetivamente no comando do futebol cruz-maltino. Anteriormente, ele atuava nos bastidores e ajudava a tocar o setor, mas sem a nomeação oficial de vice-presidente. Ele acredita que o Vasco ainda precisa se recuperar financeiramente antes de buscar jogadores mais renomados. Para isso, aposta no garimpo do mercado.

- O torcedor cobra muito, porque quer atletas mais renomados, mas a gente tenta não sair do eixo. Esse ano tem Libertadores, mas a gente vai fazer de tudo para não sair do nosso objetivo, do nosso perfil, e não trazer problemas para as administrações futuras – afirmou.

Nesta entrevista, Euriquinho detalha o planejamento do Vasco para 2018, com as posições consideradas carentes, mas evita dar nomes de atletas que interessam. Ele explica o processo de mapeamento de reforços, faz um balanço de 2017, fala sobre a valorização de Paulinho e justifica por que Thalles não está mais nos planos.

Euriquinho durante entrevista em São Januário (Foto: Reprodução)

Confira:

GloboEsporte.com: Qual é o perfil de atleta que vocês buscam para reforçar o elenco para a Libertadores?

Eurico Brandão: Nosso perfil continua o mesmo: atletas que queiram muito vir para o Vasco, que acreditem que o Vasco é um projeto interessante para eles, pessoalmente. Temos conversado muito com atletas que acham que podem contribuir para o clube. Que sabem que nosso objetivo é disputar a Libertadores com perspectiva de ir avançando de fases.

Acreditamos que temos uma base, principalmente uma estrutura defensiva, forte. Que a gente possa, mesmo sem muito investimento, mas com muita criatividade, achar o atleta certo que se encaixe no estilo de jogo do treinador, como ele pretende jogar, que tipo de atleta ele precisa. Isso tudo já foi traçado, planejado, não é fácil encontrar esses atletas sem poder investir. Mas acreditamos que vamos poder montar time competitivo como montamos neste ano.

Quanto tempo você acha que o Vasco leva para conseguir voltar a investir com força no futebol?

Acho que falta muito ainda para o Vasco poder ter a capacidade de investimento que o clube merece. Eu cresci vendo o Vasco ponteando o investimento no futebol brasileiro. Vai chegar com muita dedicação, muita luta, com compromisso de não fazer loucuras. Porque o que torcedor tem que entender que qualquer um compra jogador. O problema é pagar. Isso demora três anos para ser cobrado. São dívidas que você faz hoje e que começam a ser cobradas daqui a cinco anos. Isso inviabiliza o clube no futuro.

Euriquinho com o pai durante a eleição: dirigente acredita que indefinição política atrapalha o planejamento para 2018 (Foto: André Durão)

Como é o processo de mapeamento de mercado do clube?

A gente tem um departamento que chamam de CIA, o Centro de Inteligência e Análise. Tem oito a 10 funcionários, caras jovens, envolvidos com futebol que fazem pesquisa diária durante o ano. Monitoramento, relatório de atletas que vão terminar contrato, que vão ficar livres, que encaixam no nosso perfil e que podemos contratar.

Isso tem uma integração com o Zé Ricardo. Um menino da CIA participa da equipe do Zé Ricardo. Quando chega no fim do ano a gente tem um mapa de diversos atletas para as posições que achamos que precisamos contratar e vamos a campo numa ordem estabelecida. Vamos seguindo essa ordem para ver o que conseguimos formatar para o elenco.

Qual é a atual situação financeira do Vasco?

A situação do Vasco é difícil. Na ponta do lápis, a perspectiva do clube não é muito boa. Vai ser um ano de muita dificuldade. Vamos ter que apertar muito o cinto. Todos os departamentos devem apertar o cinto, fazer reduções drásticas em despesas e custos. O clube precisa disso. Eu acho que dá para montar um time competitivo.

Ainda temos que encerrar o ano, que temos dificuldade de pagamento para fechar o ano. A gente espera conseguir operacionalizar isso para começar o ano com as contas zeradas. Essa ida pra Libertadores deu um gás comercial na área de marketing, de sócio-torcedor. Ainda temos um mês de salário atrasado, mas estamos correndo para pagar. Esperamos conseguir até o fim do ano.

Como aumentar as receitas?

Acho que podemos aumentar receitas com bilheteria. São frustrantes, não de presença de público, mas estamos muito distantes do que os outros clubes cobram de preço de ingresso. Sofremos muito porque o preço aumentou no último jogo, mas mesmo assim continuamos sendo um dos clubes que praticam o menor preço no Brasil. Como você pode ser competitivo com alguém que tem rendas médias de R$ 2 milhões, e nós, de R$ 200, 300 mil? Tem que entrar no campo e ganhar desse adversário. Isso é receita.

Fonte: ge