Eurico vira tema de manifestações no Rio

Calado durante todo o período de crise do Vasco, Eurico Miranda ressurgiu após a vitória sobre seu adversário predileto, o Flamengo, provocando o rival e o presidente rubro-negro Eduardo Bandeira de Mello. A volta aos holofotes, porém, acontece em paralelo a um movimento de oposição que tem optado pela ousadia para desafiá-lo. 

Criado nas redes sociais em setembro e com cerca de 1.200 adeptos até o momento, o "Reage Vasco, Fora Eurico" tem feito de pontos estratégicos do Rio de Janeiro a forma de manifestar seu repúdio.

Uma grande faixa com a frase já foi exibida no Cristo Redentor, às margens do Pão de Açúcar, no Rock in Rio, na frente do famoso hotel Copacabana Palace, no posto 9 da praia de Ipanema e, mais recentemente, em forma de tinta num muro bem em frente ao Maracanã. A pintura foi feita na madrugada que antecedeu ao clássico com o Flamengo.

Um dos objetivos da campanha é a convocação de vascaínos para que integrem o quadro de sócios na tentativa de derrubar Eurico Miranda na eleição de 2017.

Grupo político de apoio a Eurico, o "Casaca" emitiu uma nota de repúdio ao movimento após a ação dos opositores no Maracanã. Nela, os apoiadores de Miranda criticam a atitude às vésperas do clássico com o maior rival:

"Cabe, na cabeça de alguém, em dia de Vasco x Flamengo, após o time conquistar 10 dos últimos 12 pontos na competição, o sujeito varar a noite, pintando no muro do Maracanã um dizer politiqueiro barato, cinicamente entremeado por um 'reage Vasco'? Os 'amarelões' querem enganar a quem?", dizia um trecho, usando o termo "amarelões" numa associação ao grupo "Sempre Vasco", segundo lugar nas eleições, que representava a chapa amarela e tinha Julio Brant como candidato.