Eurico Miranda esclarece o que sempre foi obscuro, diz comentarista

Eurico Miranda esclarece o que sempre foi obscuro

Eurico Miranda estava sóbrio, calmo, sereno, quando deu a seguinte declaração, em sua entrevista coletiva reclamando, com razão, da arbitragem do mineiro Ricardo Marques Ribeiro:

“O árbitro vai a uma partida e recebe alguns recados antes.''

Vixe!

No retorno à presidência do Vasco, Eurico Miranda resolveu contar como se faz? É o J. Hawilla da comissão de arbitragem?

À parte a ironia, é importante deixar claro que Ricardo Marques Ribeiro foi mesmo trágico no Maracanã. Não marcou um pênalti evidente de Tiago Luís, tocando a mão na bola dentro da área defensiva da Chapecoense e marcou um pênalti inexistente de Rodrigo, que tinha o braço colado ao corpo quando a jogada chegou à sua mão.

É polêmico o lance do gol do Vasco, legal na minha opinião, mas irregular na análise de comentaristas de arbitragem, como Carlos Eugênio Símon, do Fox Sports.

Eurico citou o presidente da Federação Catarinense, Delfim Moreira, opositor do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, como a razão pela qual o mandatário do futebol brasileiro ainda não renunciou. E deixou nas entrelinhas que a arbitragem favorece aos times de Santa Catarina, todos brigando neste momento para não cair.

Carlos Eugênio Símon lembra que a Federação Catarinense contratou árbitros para apitar no estado. Dois nomes aparecem em várias rodadas com o escudo da Fifa e as letras SC ao lado da escala: Héber Roberto Lopes e Sandro Meira Ricci. Nenhum deles nasceu em Santa Catarina, ambos são contratados pela federação.

Nada de errado nisso. Héber tem tido atuações aceitáveis no Brasileirão de arbitragens inaceitáveis. Sandro, não. Foi péssimo em vários jogos, sem discriminação. Prejudicou a times de diversos estados, não favoreceu nenhum catarinense. Ninguém pode alegar desonestidade de nenhum desses árbitros.

A não ser que Eurico saiba alguma coisa além do que falou. Que os árbitros vão a uma partida e recebem alguns recados antes.