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Eurico enfraquece adversários e paga salários irreais no remo

Com poucas chances de conquistar um título no futebol em 2008, o Vasco aposta todas as fichas no remo. E, para impedir que o seu maior rival, o Flamengo, seja tricampeão estadual, o ataque é pesado. Já tiraram três remadores da Gávea, oferecendo salários que vão de R$ 4 mil a 6 mil, mais aluguel de apartamento. Um dos novos contratados recebeu ainda R$ 120 mil de luvas. Nenhum deles, porém, poderá competir em 2008, pois pelo código de Remo é preciso que o atleta fique um ano sem participar de regatas oficiais, antes de mudar de clube. A tática é enfraquecer o rival. Expediente semelhante foi usado em 1998, quando o Vasco esvaziou os principais clubes do Rio e do Brasil para ser campeão, no ano do seu centenário. Dois desses atletas recémcontratados pelo clube da Colina compõem o double skiff peso leve da seleção que vai a Pequim. Tal qual em 2000 (Sydney), a idéia é contratar atletas formados por outros clubes e já classificados para as Olimpíadas, aumentando a “delegação vascaína” em Pequim...

Em 1998, quando o Vasco também inflacionou o mercado, vários clubes do Brasil o seguiram. Quase todos quebraram e poucos conseguiram honrar os compromissos. Inclusive, o Vasco, que até hoje é cobrado na Justiça por atletas do seu “projeto olímpico”.

Fonte: Coluna de Renato Maurício Prado - O Globo