Política

Eurico destaca papel de executivos no futebol e critica dirigentes do Vasco

Com dificuldades para honrar compromissos diários e contratar jogadores para a temporada de 2014, o Vasco vem se desdobrando para obter novos parceiros e, consequentemente,  poder saldar dívidas e reforçar o elenco. O clube conseguiu respirar um pouco mais após a emissão das certidões negativas de débito em outubro e a liberação da primeira parcela da Caixa, patrocinador master. Sobre as dificuldades do clube em montar uma equipe competitiva, o ex-presidente Eurico Miranda comentou à Rádio Globo e enfatizou que deixou o Vasco com débitos equacionados e todas as certidões em dia:

“Deixei o Vasco com todas as certidões, do INSS, do Fundo de Garantia, da Receita Federal, dívidas trabalhistas equacionadas. Se ficaram às voltas com problemas envolvendo certidões, foi porque não cumpiram dali para a frente. Você não pode gastar mais do que você arrecada, se arrecada pouco, tem que arrecada mais, mas não se pode fazer determinadas coisas. Vou citar um fato, o René Simões chegou para o Gaúcho(ex-técnico) diz que contratou o lateral Nei e Gaúcho diz que não queria por ele ter tido problemas nos dois joelhos e fizeram um contrato de R$ 220 mil com o Nei. Você vê, montar um time mal-montado,o que é gastar demais, esse é que é o problema.”

Eurico afirma que o presidente Roberto Dinamite tem culpa pelo rebaixamento e caos administrativo que vive o clube, mas diz que Dinamite não está só, que há mais pessoas responsáveis pelo atual momento enfrentado pelo Vasco:

“O Roberto(Dinamite) foi sem dúvida um grande jogador de futebol, mas nunca foi um administrador. O que acontece é que as pessoas que o colocaram lá. No caso o senhor Mandarino, disse que ele seria presidente da porta para fora. Roberto foi colocado lá, foi induzido e as pessoas que pretendem voltar foram as que criaram essa situação. Claro que o Roberto tem culpa, passou a ser presidente, mas foi induzido a cometer diversos erros. Há um que pretende ser candidato do Vasco, foi vice de finanças do Vasco e teve as contas reprovadas, esse tipo de coisa tem que acabar no Vasco.”

Para Eurico, dirigentes têm que ter a supervisão de um amador e que não podem receber amplos poderes, pois são sujeitos a erros:

“Os executivos de futebol têm que ter acima deles um dirigente amador que conheça, eles não podem ter o poder que a eles é dado, com certeza cometem inúmeros erros. O executivo de futebol um dia está aqui, outro dia ali, não possuem vínculos com instituições. No caso do Rodrigo Caetano, desde que exista um dirigente amador, não há problema nenhum em relação a ele.”

Por: Cesar Augusto Mota

Fonte: SUPERVASCO.COM