Eurico deseja sucesso à nova diretoria

O ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, comenta o fato da nova administração ainda não ter definido algumas vice-presidências, como a de futebol, ocupada provisoriamente pelo presidente Roberto Dinamite, a médica e do departamento infanto-juvenil.

"Não acho nada. Não posso achar nada porque não tem... Acho que é um período normal de encontrarem uma pessoa e quererem nomear essa pessoa. Até aí está tudo bem. Só posso falar sobre atos praticados, atitudes praticadas, como essas que estou vendo. É o que tenho dito. O fato de querer administrar de uma outra maneira é problema de cada administração. É um direito até. Acho que eles têm que ter o tempo necessário para isso. Agora, se fosse o meu caso, eu procuraria entrar em contato com as pessoas responsáveis na época por cada setor, para tomar conhecimento, etc. \"Eu é que vou ser o responsável e queria\". Posso dizer, por exemplo, que esse cidadão [José Henrique Coelho, vice-presidente de marketing] que escreveu isso... O Marco Antônio Monteiro, que vocês peguem o depoimento dele, foi passar toda a situação do marketing e disse ao Marco Antônio \"Está muito bem organizado, muito bem\", para depois dizer essas barbaridades. Uma coisa falada lá dentro e depois falada lá fora. A isso é que a gente tem que responder. Não posso responder a algo que tem todo o direito de mudar a sistemática da administração, etc. Dizendo, por exemplo, que a dívida do Vasco é de R$ 250 milhões. Mentem. Não é essa a dívida do balanço. Quando eu digo que a dívida do Vasco é aquela que está espelhada no balanço, rigorosamente é essa. Não tem nada de diferente. É sobre isso que vou me pronunciar sempre que necessário, às segundas-feiras. Espero que na segunda-feira que vem eu não tenha que responder a nada", disse no programa "Casaca no Rádio", veiculado na Rádio Bandeirantes.

O grande benemérito fala sobre a sua gestão e deseja sucesso à nova diretoria.

"O que desejo é que eles se dêem muito bem e o Vasco se dê de muito bem. Eles se dando muito bem, o Vasco vai estar se dando bem. Agora, não procurem se dar bem, nem justificar nada, atingindo os outros. Isso é que não vou admitir. Vou continuar é torcendo que o Vasco se dê muito bem. O Vasco consegue e conseguiu isso tudo nesses 110 anos de existência. Queiram eles ou não, façam eles o que fizerem, a minha trajetória no Vasco não pode ser manchada. Não há quem possa manchar a minha trajetória no Vasco. Os serviços que prestei ao Vasco, aquilo que dei ao Vasco, os títulos que dei ao Vasco, o patrimônio que acresci no Vasco, a imagem que passei do Vasco, aquilo que reconstruí no Vasco. Façam eles o que fizerem, tentem o que tentar, isso não vão atingir. Só vou responder para que a instituição não seja atingida. Não estou absolutamente nada preocupado com o meu problema de ordem pessoal. Não. Eu já disse antes nesse Casaca, que não há nada mais que possa me atingir, depois de tudo que eles fizeram comigo. Não há a menor condição de que alguma coisa venha a me atingir. Não tem como me atingir. Se pensam que têm que me atingir... Não. Eles podem... Quando eles riem, alguns escribas desses aí falam e escrevem alguma coisa, e com satisfação pensam que me atingem, absolutamente não me atingem. Não me atinge mais. Não tem a menor condição de me atingir. O que tinha que ser feito, já foi feito. E não foi agora. Foi há algum tempo atrás. Não há como eu venha a ser atingido por qualquer tipo de movimento. Todo esse negócio que foi feito, que de repente a gente pega os poderes - o Governo Federal, Governo Estadual, Poder Judiciário - babando de raiva em relação à minha pessoa, porque falaram isso e aquilo, babando de raiva em relação às minhas posturas, sempre em defesa do Vasco. Nunca foi em minha defesa pessoa. Não admitindo que eu tivesse um Vasco subserviente, atrelado a quem quer que fosse... Vou encerrar com uma frase simples. Eu nunca permiti que o Vasco fosse vagão. O Vasco é locomotiva e vai continuar sendo. O Vasco não é puxado. O Vasco puxa. Essa é a minha despedida final. Um abraço a todos".