EURICO ANUNCIA RETORNO DO ANIMAL
O Presidente do Vasco, Eurico Miranda, acertou a volta do atacante Edmundo ao clube. Edmundo será apresentado à imprensa nesta segunda-feira, às 16 horas, em São Januário.
Confira a trajetória do Animal no Vasco
Edmundo começou no Vasco em 1982. Em 1992, Edmundo foi lançado como titular pelo técnico Nelsinho Rosa, fazendo uma dobradinha no ataque com o veterano Bebeto. Sua estréia pelo Vasco foi em 26 de janeiro, na goleada de 4x1 sobre o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro.
Foi em São Paulo que Edmundo ganhou o apelido - dado pelo locutor Osmar Santos - que levaria por toda a carreira: Animal. Osmar Santos concedia o apelido ao melhor jogador de cada rodada. Edmundo foi várias vezes destaque, e conseqüentemente diversas vezes agraciado com o apelido, que acabou identificando-o com a torcida palmeireinse. Contudo, devido ao seu temperamento arredio e o costume de levar cartões vermelhos, o apelido acabou por ganhar um significado pejorativo, de um jogador irresponsável e que não mede a conseqüência de seus atos.
Depois de uma passagem ridícula pelo maior rival, no segundo semestre de 1996 Edmundo voltou para o Vasco, clube que o revelou. Teve uma atuação de gala no Campeonato Brasileiro de 1997, sendo o principal responsável pelo título vascaíno do campeonato.
Naquele campeonato Edmundo bateu dois recordes que já duravam décadas. O primeiro, quebrado no dia 11 de setembro, era o de maior goleador num único jogo. Edmundo marcou 6 gols na vitória de 6 a 0 sob o União São João, de Araras, e ainda perdeu um pênalti. Os seis gols lhe valeram o recorde, que antes pertencia a Roberto Dinamite, Ronaldo, Edmar, Nunes e Bira, ambos com cinco gols.
O outro recorde foi o de maior goleador da competição. Ao marcar três gols na goleada de 4x1 sobre o rival Flamengo, no dia 3 de dezembro, o jogador passou Reinaldo, que tinha 28 gols, batendo uma marca que já durava 20 anos. Tal recorde só viria a ser quebrado em 2003, por Dimba, quando o Campeonato Brasileiro passou a adotar o sistema de pontos corridos, aumentando assim o número de jogos.
Apesar de não ter marcado nos dois jogos da finais, sua atuação foi polêmica. No primeiro jogo, no Morumbi, Edmundo havia recebido um cartão amarelo e seria, assim, suspenso do último e decisivo jogo. Foi alertado pelo banco de reservas, então, para cavar uma expulsão, sendo assim não julgado a tempo pelo tribunal.
Ao final do segundo jogo, com o título brasileiro, o jogador afirmou: "Esse é o título mais importante da minha vida. "
Naquele campeonato Edmundo terminaria com uma marca de 29 gols em 28 jogos, média superior a de um gol por partida.
Depois de uma passagem pela Fiorentina, em 1999 Edmundo retornou ao Vasco pela quantia de U$$ 15 milhões, a maior transferência já paga por um clube brasileiro até então. Lá fez dupla de ataque com o desafeto Romário. Depois das ótimas atuações no Mundial de Clubes da FIFA em 2000 Edmundo recebeu a promessa do presidente do Vasco, Eurico Miranda, de que Romário iria embora. Só que Romário não foi, e o jogador se recusou a enfrentar o Palmeiras pelo Torneio Rio-São Paulo, pelo fato da faixa de capitão ter sido dada a Romário e não ele.
Desgastada com Edmundo, a diretoria vascaína acabou emprestando-o ao Santos. Em 2001, atuando pelo Cruzeiro, foi mandado embora por causa de uma declaração no jogo contra o ex-clube Vasco, em que o Cruzeiro perdeu de 3 a 0. Edmundo dera a seguinte declaração: "Tomara que não faça gol. Se acontecer, vai ser por puro profissionalismo. Mas não haverá comemoração, porque não posso comemorar derrotas minhas, como torcedor vascaíno."
Na partida, o jogador desperdiçaria um pênalti.
Em 2002, Edmundo então foi contratado pelo Verdy Tóquio, do Japão. No mesmo, voltou ao clube de coração, Vasco da Gama. Lá, como no Santos FC, reclamava abertamente dos atrasos nos salários e não escondia a insatisfação com a qualidade do elenco. No final do ano foi embora, e chegou a declarar em entrevistas que pensara em encerrar a carreira.
Em 2004, Edmundo se transferiu ao Fluminense, reeditando a dupla com Romário. A parceria, porém, novamente não deu certo. Edmundo pouco atuou, passando grande parte da temporada no departamento médico. Acabou dispensado.
Após um tempo parado, surgiu a proposta de atuar no Nova Iguaçu, time da segunda divisão do Campeonato Carioca, onde faria dupla com Zinho, um dos donos do clube. Edmundo jogou por lá apenas dois jogos, tendo feito um gol. Saiu quando o Figueirense lhe fez uma proposta.
Lá o Animal conseguiu mostrar parte do bom futebol de antigamente. Foi o artilheiro do time e peça fundamental para que o Figueirense escapasse do rebaixamento. Nesse brasileiro o atacante ainda fez história, tornando-se o quinto maior artilheiro dos Campeonatos Brasileiros, com 126 gols.
As boas atuações chamaram a atenção dos dirigentes do Palmeiras, para onde Edmundo foi em 2006 e onde se encontrava até hoje.
Números de Edmundo no Vasco: 198 jogos, 96 vitórias, 54 empates e 48, derrotas, com 112 gols.
Fonte: Site oficial do Vasco / VASKIPEDIAMais lidas
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