EstudeVasco: há 100 anos nascia Ely do Amparo, ídolo do Expresso da Vitória
14/04/1921 – CENTENÁRIO DE ELY Há 100 anos nascia Ely do Amparo, ídolo do Expresso da Vitória e um dos melhores médios-direitos da história do futebol. Números e trajetória do craque
Ely começou a carreira nos juvenis do América na metade final dos anos 1930. Depois foi para o time amador dos rubros onde ficou até 1940, quando acertou com o Canto do Rio tendo atuado pelo time amador do Cantusca até o início de 1943.
Mesmo no time amador, Ely chegou a treinar com a seleção carioca profissional ainda em 1942, e estava acompanhado de ninguém mais que Danilo Alvim, que à época ainda era do América.
Em 1943, Danilo foi emprestado ao Canto do Rio e os dois, apesar de disputarem posição (ambos eram centros-médios) chegaram a atuar 5 vezes juntos no Carioca de 43 pelo Cantusca. No mesmo ano, o Canto do Rio ficou em 3º lugar no Torneio Municipal, tendo Ely como o maior destaque.
No início de 1944, Ely foi emprestado ao Vasco para disputar o Torneio Relâmpago, onde se destacou muito e começou a ganhar fama. Depois do Torneio, ele voltou ao Cantusca e só foi comprado pelo Vasco já em 1945, logo antes do início do Campeonato Carioca.
Em 1945 Ely, ainda atuando como centro-médio, ajudou o Vasco a ganhar de forma invicta o Campeonato Carioca. No ano seguinte, com a chegada de Danilo ao Vasco, Ely foi deslocado para a posição de médio-direito, onde passou a se destacar ainda mais.
Apesar de 1946 ter sido uma temporada difícil para o Vasco, Ely teve motivos para comemorar. No início da temporada ganhou os Torneios Relâmpago e Municipal pelo Vasco, e de no final dela foi campeão brasileiro pela Seleção Carioca atuando como titular.
Em 1947 começou o sucesso do trio de médios Ely, Danilo e Jorge (conhecidos também como Arroz, Feijão e Carne-Seca). Os três foram o ponto alto do Vasco campeão carioca invicto na temporada. Ely entrou na Seleção do Campeonato do Globo Sportivo como o melhor médio-direito.
Ainda em 47 Ely entrou pela primeira vez em campo pela Seleção Brasileira, e ganhou a Copa Rio Branco, seu primeiro título com o Brasil. O médio-direito já havia sido convocado para treinamentos algumas vezes desde 1944, quando ainda jogava no Canto do Rio, mas nunca atuado.
No Sul-Americano de 48, o trio Ely, Danilo e Jorge mais uma vez foi chave para título histórico do Gigante, e Ely foi tido como o grande destaque vascaíno pela imprensa chilena. No mesmo ano, Ely foi novamente eleito o melhor médio-direito do Campeonato pelo Globo Sportivo.
Em 1949, Ely teve uma temporada mágica. Primeiro foi campeão sul-americano pela Seleção como titular, depois ganhou o Campeonato Carioca de forma invicta e sendo eleito o “Crack” do Torneio pelo Globo Sportivo, superando a épica dupla Ademir e Heleno.
Em 1950 ganhou mais uma vez a Copa Rio Branco pela Seleção. Depois seria convocado para Copa do Mundo, sendo titular na primeira partida do Brasil, mas não tendo mais chances ao longo do Torneio. Muito se disse na época que com Ely de titular, o título mundial seria do Brasil.
Ely ainda seria campeão carioca pelo Vasco e campeão brasileiro pela Seleção Carioca na temporada de 1950, consagrando mais um ano vitorioso do craque.
Depois de um ano de 1951 complicado, Ely voltaria a festejar em 52. O jogador foi campeão panamericano pela Seleção como titular, sendo o 2º capitão da equipe depois de Ademir. Na mesma temporada ainda voltou a ser campeão carioca pelo Vasco.
Em 1953 Ely foi titular na campanha do título vascaíno do Torneio Octogonal Rivadávia e seguiu como grande destaque. Em 1954 foi convocado para a sua segunda Copa do Mundo, se tornando o primeiro jogador vascaíno a conseguir tal feito.
Em 1955 Ely segui o mesmo rumo de Barbosa e deixou o Vasco para jogar em Pernambuco, mas diferente do goleiro, assinou com o Sport. Pelo Leão, Ely foi campeão pernambucano de 55, tendo atuado bravamente na final contra o Náutico mesmo com um corte no supercílio.
Ely se aposentou em 1956 ainda no clube pernambucano. Depois seguiria uma carreira como treinador, chegando a treinar o Vasco duas vezes. Como treinador do Vasco foram 37 jogos, 24 vitórias, 7 empates e 6 derrotas.
Ely foi eleito duas vezes para o 11 Ideal da História do Vasco pela Revista Placar (em 94 e em 2006). Ele é tido por muitos como o melhor lateral direito da História do Gigante, já que os médios (direitos e esquerdos) de seu tempo atuavam quase como os laterais de hoje.
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