Futebol

Estrangeiros dos últimos anos não deram certo no Vasco

Rio - Chaparro correu ontem debaixo daquele sol forte que todo carioca já está cansado de conhecer. Em São Januário, talvez ele já saiba que vai suar muito para encontrar sombra e água fresca, ainda mais pelo triste histórico recente de estrangeiros no Vasco. Contratado à Traffic, o argentino Leandro Nery Chaparro, de 20 anos, é o 15º gringo que chega ao clube nos últimos cinco anos. Nesse período, vieram atletas de seis nacionalidades que não falaram a mesma língua da torcida, carente de ídolos e de boas contratações.

A rigor, apenas Darío Conca, hoje ídolo no Fluminense, foi capaz de agradar aos vascaínos nos tempos de São Januário. O meia hermano foi dos poucos que chegaram ao clube com algum reconhecimento. Com boa vontade, ainda pode entrar nesse \"time\" o português Dominguez, que chegou a ter chances na seleção olímpica e na principal de Portugal, mas, pelo Vasco, ciscou com a habilidosa perna esquerda e, de útil, pouco fez.

Na imensa maioria, os gringos mal tiveram chance de entrar em campo. Na lista de menos desconhecidos, talvez o chileno Maurício Pinilla, que tinha fama de encrenqueiro e até de goleador, merecesse destaque. Entrou durante um Vasco e Flamengo de 2008 (fatídico ano do rebaixamento) e em mais dois jogos no Brasileiro sem marcar sequer uma vez.

Bola na rede, aliás, é luxo para os estrangeiros que passaram pelo Vasco. O colombiano Martín Garcia fez nove jogos e marcou três vezes na breve passagem pelo Rio. Outro que fez gol, ao menos uma vez, foi o zagueiro chileno Vergara. No total, foram 133 jogos dos estrangeiros com a camisa do Vasco e apenas três deles balançaram as redes — Garcia, Vergara e Conca, que fez 48 jogos e sete gols em 2007.

Compatriotas de Chaparro também não tiveram sorte. Em matéria de argentinos, os últimos exemplos não são nada felizes. Dudar chegou a ser titular e até a agradar à torcida. Foram 32 jogos em dois anos, mas uma falha na Copa Sul-Americana contra o Lanús (2 a 0 para os argentinos) praticamente acabou com a estadia do argentino no País. O outro caso foi o de Matías Palermo, que atuou apenas uma vez e foi logo dispensado.

Fonte: O Dia