Estaduais podem ter redução de datas em 2021, por conta da pandemia e Copa
Se não houver novas paralisações por causa da pandemia do coronavírus, a temporada 2020 do futebol brasileiro terminará em 24 de fevereiro de 2021 com a última rodada do Campeonato Brasileiro. E poderá iniciar os ajustes nas datas dos Estaduais que a CBF planeja há algum tempo, mesmo antes da covid-19.
Desde 2019 a CBF criou um grupo de trabalho que estuda padronizações e alteração no calendário dos Estaduais. Já houve uma redução datas, de 18 para 16, mas a ideia era algo mais radical principalmente porque em 2022 a CBF terá que terminar a temporada até o início de novembro por causa da Copa do Mundo do Qatar — a Fifa determinou 14 de novembro como data limite para os jogadores se apresentarem às seleções.
Sempre em ano de Mundial se perde cerca de 40 dias em datas para campeonatos nacionais e continentais porque a Fifa não permite nenhum outro torneio simultâneo a sua Copa do Mundo. Mas 2022 será atípico porque devido ao calor no Oriente Médio a competição não ocorrerá nos tradicionais meses de junho e julho, mas entre 21 de novembro e 18 de dezembro. O calendário no Brasil, portanto, terá que terminar até o início de novembro.
A ideia da CBF, apurou o blog, era que a partir de 2022 os Estaduais fossem ainda mais enxutos, para a temporada caber do fim de janeiro até novembro. A pandemia bagunçou tudo um pouco, mas pode ajudar antecipando para 2021 uma ideia que seria realizada somente um ano depois.
Com o Brasileiro-2020 terminando somente em fevereiro de 2021, há algumas possibilidades sobre o que fazer com os Estaduais no ano que vem que estão sobre a mesa e que precisam levar em conta que os atletas dos principais times, provavelmente, terão férias até meados de março:
- Começar os Estaduais na semana seguinte ao Brasileiro, com os times que estavam na Série A usando atleta de equipes de base;
- Iniciar os Estaduais ainda em janeiro, intercalando com datas livres do Brasileiro; aqui provavelmente os principais times também usariam a garotada, já que dificilmente topariam cansar suas estrelas na reta final da Série A;
- Deixar os Estaduais bem reduzidos, de meados de março ao começo de maio, com os times principais em campo.
Mesmo nas duas primeiras opções haveria redução de datas, que se tornaria regra nos anos seguintes. Apesar de ter na cartolagem das federações estaduais sua base de sustentação política, a direção da CBF, com aval da Grupo Globo, que vê nos Estaduais um estorvo para o calendário, resolveu ajustar a data desses torneios, padronizando por regiões: Rio e São Paulo, os mais rentáveis, teriam um modelo, Minas e Rio Grande do Sul outro e Pernambuco, Bahia, Ceará, Goiás, Santa Catarina e Paraná um terceiro.
Todos com menos jogos e datas do que temos atualmente.
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