Futebol

Esquema 3-5-2 dentro de casa prejudicou o Vasco

O Vasco não vence em casa pelo Brasileirão há três jogos.
Menos mal que também não perdeu mas, aos poucos, vai perdendo pontos importantes para quem luta por uma vaga na Libertadores. Uma prova evidente dessa queda é o aproveitamento do time vascaíno nos últimos dois confrontos no Rio, contra Fluminense e Grêmio, quando adotou de vez o esquema 3-5-2.

O Vasco conseguiu importantes vitórias contra Santos e Inter, fora de casa, com o uso de três zagueiros. Mas dentro do Rio, a história tem sido diferente. Confiante que, com a utilização de três zagueiros a equipe ficaria mais protegida, Renato Gaúcho acabou sendo traído pelos números. O treinador, que defendeu o esquema após o empate com o Grêmio, justifica a mudança pela qualidade do setor defensivo: - Utilizei o esquema porque conheço a minha defesa. Não poderia deixá-la exposta - disse.

Entretanto, de seis quesitos técnicos, cinco apresentaram uma piora acentuada, evidenciando que o esquema não tem sido muito eficaz. E os jogos contra Fluminense (empate em 1 a 1 no Maracanã, no dia 3/09) e Grêmio (também 1 a 1 no último sábado em São Januário), ambos jogando no 3-5-2, são provas desse declínio estatístico.

Com um bom desempenho nos desarmes até a 21- rodada (800 e média de 38 por jogo), o Vasco viu essa média cair para apenas 16 nos últimos dois jogos. Time menos faltoso deste Brasileirão, o Vasco teve média de 17,7 faltas por jogo até o empate em 2 a 2 com a Ponte Preta.

Nos dois últimos confrontos, essa média subiu para 23,5. E o reflexo foi sentido nos cartões. A equipe, que recebia 2,2 cartões por jogo, viu crescer para 3,5. Ainda na parte defensiva, o time passou a perder mais bolas nos últimos dois jogos.

Antes disso, a média era de 34,2 por partida. Contra o Flu e o Grêmio, o Vasco teve média de 42,5. Numa delas, contra os gaúchos, saiu o gol do apoiador Lucas.

No ataque também houve involução. Até enfrentar o Fluminense, a média de finalizações era 4,4. Após o Grêmio, caiu para 3,5. Mas, em pelo menos um quesito houve evolução: posse de bola. Em 21 jogos, a equipe teve média de 11min8s de posse. Nas últimas duas rodadas, essa média subiu para 15min21s.

Fonte: Lance