Especialistas comentam o Estadual do Rio
A quinta rodada da Taça Guanabara começa nesta sexta-feira, com Fluminense x Boavista, às 19h30min, no Maracanã. E, mesmo restando ainda outras duas jornadas para o fim da fase inicial no turno, tudo indica que os quatro clubes grandes serão os donos das quatro vagas na fase decisiva do turno.
Desde 1996 os quatro grandes do Estado não conseguiam ocupar, simultaneamente, os quatro primeiros lugares desta etapa do torneio – e, em pouco mais de uma década, os regulamentos foram muitos. Para Roberto Assaf, a explicação para o atual momento é simples:
- Os adversários são extremamente fracos, mais que nos anos anteriores. Talvez o Macaé seja o único que apresente alguma infra-estrutura para competir. Além disso, já entram em campo de modo covarde, pensando somente em se defender. Quando atacaram, como o Duque de Caxias e o próprio Macaé no primeiro tempo de seus jogos contra o Fluminense, venceram. Depois se encolheram e foram engolidos – disse.
A principal reclamação dos clubes pequenos é em relação ao fato de que Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco jogam somente no Engenhão, no Maracanã e em São Januário. Segundo Paulo Vinícius Coelho, esta decisão atrapalha o desenvolvimento dos times que não são da capital e do próprio esporte no interior.
- A função da federação é desenvolver o futebol no estado. A prova de que isso não acontece é que há muito tempo nenhum time do Rio sobe para a Série B do Brasileiro. Além de não desenvolver, ela ainda mata qualquer chance de crescimento dos pequenos, pois com os grandes nas cidades a receita gerada é grande e o interesse no local aumenta. Como querer uma equipe forte em Cardoso Moreira se a federação nada faz para incrementar o futebol lá – questionou.
A opinião de André Kfouri acompanha a dos outros dois colunistas. Para ele, tanto a mudança no regulamento, quanto a diferença técnica entre os quatro grandes e o restante dos concorrentes construíram o cenário atual.
- A fórmula é ridícula, porque o argumento de estimular o futebol fora das capitais morre. O torcedor do interior não vê os times grandes. E terem acabado com os dois jogos na semifinal e na final dos turnos é ruim. Além disso, a disparidade é tão grande que só temos visto goleadas sobre os pequenos, e com cinco, seis gols – analisou.
Mauro Beting acrescenta que o aumento do número de clubes disputando o Estadual(este ano o número de participantes passou de 12 para 16 – sendo que quatro equipes jamais haviam disputado a Primeira Divisão) reduz o nível de competitividade e ressalta a distância entre os concorrentes.
- Há três pontos a se observar. Primeiro, o inchaço faz diminuir a qualidade em qualquer lugar do mundo. Segundo, os quatro grandes estão melhores que nos anos anteriores: o Flamengo entrosado e reforçado, o Fluminense tecnicamente melhor que em 2007, o Botafogo com menos qualidade, mas a mesma volúpia e o Vasco, apesar de mais fraco que os outros, não vai mal. O terceiro é que os pequenos não estão bem, veja o exemplo do América, que está no quarto técnico – concluiu.
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