Futebol

Especialista aponta riscos de se usar liminares para inscrever jogadores

O advogado Marcos Motta, especialista em direito esportivo internacional, tem sido dos mais procurados para tratar das questões que chegam à Fifa envolvendo clubes e atletas brasileiros. 

Entre seus casos mais famosos, está o do dopping de Dodô, suspenso por um ano e dois meses pelo uso de femproporex, proibido pela Wada, orgão que normatiza o uso de substâncias proibidas.

Nas últimas semanas, o doutor Marcos Motta foi procurado por cinco clubes interessados em saber dos riscos assumidos ao tentar registrar um jogador na CBF fazendo-se valer de liminares obtidas na Justiça do Trabalho — caso do vascaíno Aloísio, por exemplo.

E a todos, o parecer recomenda cautela, desaconselhando a inscrição antes de agosto, mês da próxima janela de transferências estipulada pela Fifa.

O advogado lembra que até lá só poderão ser inscritos aqueles que tiverem se desligado de seus clubes antes do fechamento da janela de 12 semanas, entre janeiro e abril. 

Segundo ele, apesar de o Grêmio ter se beneficiado do recurso no ano passado para a inscrição do meia Tcheco, nova enxurrada de inscrições amparadas por liminares trabalhistas (providencialmente remetidas à Fifa pela CBF) pode fazer com que a entidade internacional abra processo, levando atleta e clube a painéis disciplinares.

Bastará que um coirmão o denuncie.

Geralmente, o benefício do ato não vale o risco da suspensão.

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