ESPECIAL: Migué nos treinos desde bem cedo
Desde a infância, Romário torcia o nariz para os treinos. Segundo seu Jerônimo, já no Estrelinha o Baixinho só se animava mesmo quando a bola ia rolar para valer.
- Botava todos os meninos para correrem ao redor do campo.
Romário dava duas voltinhas. Na terceira, já estava mancando - diverte-se seu Jerônimo.
A inconfundível marra do atacante também remete aos tempos de Estrelinha. Não que Romário fosse desrespeitador com os demais. Mas o Baixinho, lembra seu Jerônimo, tinha a exata noção do seu talento desde cedo. Desaforo também nunca levou para casa. Coisas de seu Edevair: - Tive de tirar seu Edevair de brigas com medo de matarem ele. O velho gostava de arranjar confusão. Romário era tranqüilo, mas se saía uma briga ele também batia direitinho.
O 11 não foi o primeiro número que Romário escolheu para usar às costas. No Estrelinha, o Baixinho jogava com o 9. Ele era o centroavante de um ataque formado ainda por Davi, hoje um motorista de Kombi, e Esquerdinha, que até tentou, sem sucesso, a vida como jogador profissional.
Hoje, ele mora no Norte do país.
Seu Jerônimo sente saudade do tempo em que os garotos do Estrelinha eram atração na Vila da Penha: - A gente servia para os meninos meio pão com mortadela e guaraná. Depois, ligávamos um som e todos dançavam.
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