Futebol

Erros que Celso Roth não pode repetir no Vasco

Celso Roth costuma dizer que aproveitou os 15 meses afastado da ativa para aprender. Pois bem. Se depender das passagens anteriores pelo futebol carioca, o técnico precisa modificar alguns aspectos, sobretudo de relacionamento, para obter sucesso no Vasco.

Em 2005, Roth dirigiu Flamengo e Botafogo. Em ambos, tropeçou nas relações extracampo. Na Gávea, o principal problema foram os jogadores. O jeito Roth de ser não adequou-se ao estilo do clube e os problemas de relacionamento se acumularam.

Os gritos e algumas atitudes dele foram amplamente reprovadas pelos atletas, que o chamavam de \"mala sem alça\" nos bastidores. Certa vez, Roth esculhambou um integrante do elenco rubro-negro apenas porque ele usava brinco nas duas orelhas: \"Você é gaúcho, rapaz. Gaúcho não faz esse tipo de coisa\".

Cartilha para Roth seguir à risca:

  • Acostumar-se a brincos, cordões e apetrechos da onda metrossexual. Relaxa, Roth!

  • Esquecer a fissura por revelar jogadores que ainda não estão formados

  • Perguntas inconvenientes são normais. Conte até dez e responda-as normalmente

  • Jogador de futebol é melindroso. Xingamentos e ofensas têm efeito devastador
Conhecido por ter \"revelado\" Robinho, Ronaldinho Gaúcho e Diego, Roth também errou a mão neste aspecto no Flamengo. Ele puxou para os profissionais Bruno Mezenga, então com apenas 16 anos. O garoto sentiu a pressão, teve atuações abaixo do esperado e até hoje sofre com a desconfiança da torcida. Com Renato Augusto, a situação foi semelhante e o treinador chegou a escalá-lo na lateral direita.

No Botafogo, os problemas principais ocorreram com a torcida. A chegada dele não agradou e desde o primeiro jogo, Celso Roth foi recebido com o coro de \"burro\". Então preparador físico, Humberto Ferreira (atual auxiliar dele no Vasco) envolveu-se em uma discussão com torcedores e teve de pedir desculpas publicamente.

Para piorar, o treinador havia deteriorado o relacionamento com a imprensa carioca durante a passagem pelo Flamengo e as entrevistas coletivas, geralmente, eram ríspidas. Por outro lado, o técnico conquistou os jogadores e tinha o grupo \"nas mãos\". O contrato dele só não foi renovado porque o técnico não quis.

Portanto, por mais que o Vasco seja diferente, é bom que o treinador lembre-se dos erros do passado para não repeti-los no presente. O torcedor cruzmaltino agradece.

Fonte: ge