Equipe de jornalistas revela o que espera de Vasco e Corinthians
O confronto entre Vasco e Corinthians pela Copa Libertadores da América nesta quarta-feira promete balançar as estruturas dessas duas gigantes torcidas e também da imprensa.
Para contar suas expectativas sobre este jogão, o SuperVasco procurou alguns gigantes do jornalismo brasileiro dos principais canais de rádio e televisão para comentar o que estão esperando sobre o duelo.
Diego Magalhães, da Rádio Manchete, Francisco Aiello, da Rádio Globo, Luiz Carlos Junior, narrador dos canais Sportv, Wilson Hebert, web editor do Esporte Espetacular, Ale Oliveira, comentarista dos canais ESPN e ESPN Brasil, Edilson Silva, apresentador do programa Balanço Esportivo da CNT, Sergio du Bocage, apresentador do EsportVisão do canal TV Brasil, Roberto Assaf, colunista do Lance e professor da faculdade FACHA, Marcelo Neves, editor do site Placar, Wilson Pimentel, da Rádio Tupi e Diego Tirre, da Super Rádio Brasil, comentaram com exclusividade para o site SuperVasco suas expercativas.
1) O que você espera do jogo contra o Corinthians, em São Januário?
Ale Oliveira - ESPN: Espero o Vasco com mais posse, mais agressivo. Entendo o Vasco com mais jogadores que podem decidir, podendo ser mais brilhante, enquanto o Corithians é taticamente mais disciplinado, mais equilibrado.
Diego Magalhães - Rádio Manchete: Acho que tem tudo para ser um confronto bem equilibrado. O Vasco tem um bom time, mas não vem fazendo direito o dever de casa, por outro lado, eu não confio no Corinthians. Acho q ainda não está pronto para ser campeão.
Diego Tirre - Super Rádio Brasil: Uma partida muito equilibrada, em que o Vasco não pode tomar gol!!! Ao mesmo tempo, tem que partir pra cima, em busca da vitória. Nesta Libertadores, o Vasco tem jogado melhor fora de casa, o que preocupa, e também vejo muitas mudanças, sobretudo no meio-de-campo, de jogo para jogo, o que a meu ver é ruim para o time.
Edilson Silva - CNT (Balanço Esportivo): Espero uma partida brilhante do Vasco. A classificação obtida na Argentina, e da forma que foi, mexe com a motivação e a auto estima de qualquer um. Acho q as duas equipes são iguais e que as experiências de Felipe e Juninho podem fazer a diferença.
Francisco Aiello - Rádio Globo: Penso que sem o Dedé, o Vasco perde muito. Com a sua ausência, alguns jogadores, caso do Fágner, por exemplo, caíram bastante de produção. O momento, no entanto, é de superação, por isso, acredito que a equipe possa obter um resultado positivo. O mais importante é vencer o jogo e não levar gol, mesmo que seja só por 1 a 0. Vantagem é vantagem.
Luiz Carlos Junior - Sportv: Este jogo é equilibrio total. É clássico!
Marcelo Neves - Placar: Espero um jogo muito equilibrado, com forte marcação, principalmente por parte do Corinthians, que deve ir para empatar a partida. Acho muito difícil o Corinthians voltar para São Paulo com a vitória. O mais provável é uma vitória magra do Vasco. O confronto será decidido no Pacaembu. As duas equipes já demonstraram esse equilíbrio na disputa do Brasileiro do ano passado. O Corinthians leva uma certa vantagem na qualidade do elenco, mas time por time acho as duas equipes equivalentes: defesa sólida e meio-campo consistente. O Vasco precisa explorar os dois pontos mais frágeis do Corinthians: o goleiro e a lateral-direita. O goleiro Cássio assumiu a posição de Julio Cesar nas duas últimas partidas, foi bem, mas ainda não foi testado de verdade. Já na lateral-direita, Edenilson, que vinha sendo, ainda que improvisado, um dos destaques da equipe, se machucou e dará lugar a Alessandro. Esse já há algum tempo não consegue emplacar uma boa sequência de jogos e é visto com muita desconfiança pela torcida. O Vasco tem jogadores com muita qualidade no chute e nas cobranças de falta. Isso pode fazer a diferença.
Roberto Assaf - Lance: É sem dúvida o jogo mais difícil para se emitir opinião, na atual Libertadores, pois nenhum dos times tem um algo a mais sobre o outro para que se possa apontar um favorito. Os times, entre titulares e reservas, se equivalem. Há, é claro, o fato de o Corinthians disputar a segunda partida em São Paulo, mas e o se o Vasco enfiar 3 a 0 no Rio? De que valerá o jogo no Pacaembu? Curiosamente, Corinthians e Vasco saíram bem nos estaduais, e acabaram decepcionando. Na minha visão, o time paulista perdeu um pouquinho do futebol pragmático, porém eficiente, que apresentou no Brasileiro-2011, e que o levou ao título, e o Vasco deixou escapar a velocidade impressionante, e infelizmente até a garra, principalmente nos segundos tempos, que tornavam suas partidas quase sempre interessantes de acompanhar, no ano passado. Assim, vale dizer que aquele que conseguir recuperar tais características, desperdiçadas, passará adiante. Mas eu não apostaria um centavo de real, que não vale nada, em um deles. Complicado prá caramba.
Sergio du Bocage - TV Brasil (EsporTVisão) : Sem ficar em cima do muro, será um jogo duríssimo. Os placares do Brasileiro/2011 comprovam isso. São os dois campeões nacionais, numa partida de muita tensão. Impossível arriscar um placar sem colocar um pouco do coração. O Corinthians é um time muito ajustado e frio. O empate seria o resultado mais provável, e para ficar melhor para o Vasco, sem gols, para decidir em São Paulo, com a torcida do Corinthians enervando seus próprios jogadores.
Wilson Hebert - Esporte Espetacular: Da parte do Vasco, eu espero um time que não desista de atacar em nenhum momento, pois é em São Januário que o Gigante da Colina deve se impor para fazer um placar favorável. Só que se jogar a frente não será uma tarefa das mais fáceis, pois os pontos fortes do time do Tite, seja em casa ou fora, é justamente a recomposição com rapidez, marcação por zona bem organizada e o contra-ataque rápido. Este último ponto merece atenção total do Cristóvão, pois o planeta todo sabe o quão deficiente é a cobertura no lado direito. Quando o Fágner está no ataque, sobra espaço para o adversário. Quando ele está na defesa, sofre para marcar, principalmente bola por cima.
2) Quem você acredita que será o nome do jogo e o motivo
Ale Oliveira - ESPN: Eder Luis e Paulinho, são os destaques.
Diego Magalhães - Rádio Manchete: Quem pode fazer a diferença nesse jogo, na minha opinião é o Alecsandro, porque sempre que o Vasco precisa, ele faz a diferença.
Diego Tirre - Super Rádio Brasil: Entendo que o Juninho, pelo seu poder de finalização, pode ser o nome do jogo!!!
Edilson Silva - CNT (Balanço Esportivo): Felipe e Juninho inspirados desequilibram sempre.
Francisco Aiello - Rádio Globo: Acho que Felipe pode ser o destaque do jogo. Apostaria também em Éder Luís.
Luiz Carlos Junior - Sportv: Sobre o nome do jogo, não me arrisco a prever.
Marcelo Neves - Placar: Acho que a chave do jogo está nos pés de Juninho. É o jogador mais experiente do Vasco, já ganhou a Libertadores, e pode ditar o ritmo da partida. Um chute de fora da área ou uma cobrança de falta, especialidades dele, podem definir a partida.
Roberto Assaf - Lance: O que souber aproveitar melhor a deficiência do adversário. Ambos sofrem basicamente nas suas defesas. O Vasco vive uma situação um pouquinho mais complicada, porque o Dedé, que é um dos melhores jogadores que surgiram no Brasil nos últimos 10 anos, faz uma falta medonha, obrigando o técnico a tomar mais cuidados defensivos do que deveria. É até interessante perceber que ninguém na mídia tenha ressaltado que o Cristóvão Borges passou a recuar o time nas etapas finais por causa da ausência do Dedé. Eu ainda não tive coragem de afirmar, mas dependendo do que acontecer até o fim da Libertadores, que ele é melhor que o Tiago Silva.
Sergio du Bocage - TV Brasil (EsporTVisão): O nome do jogo? Não sendo o árbitro já está bom. Mas vamos arriscar o Juninho, que está engasgado com o Corinthians desde o Mundial e vai querer dar uma resposta à altura.
Wilson Hebert - Esporte Espetacular: Juninho Pernambucano. Mestre das bolas paradas, ele poderá fazer da sua arma uma estratégia letal em favor do seu time. É para isso que se precisa de um craque, para fazer a diferença em jogadas pontuais.
Wilson Pimentel - Rádio Tupi: O Vasco possui alguns jogadores de qualidade que podem decidir. Pessoalmente gosto muito do Eder Luis. Ele tem velocidade, me faz lembrar as vezes o Mauricinho, sabe driblar e não pipoca. Se estiver em um dia inspirado encaixando os passes e chutes tem tudo para levar o Vasco a vitoria.
3) Você acha que a torcida do Vasco pode fazer a diferença neste primeiro confronto?
Ale Oliveira - ESPN: Acho que sim, mas tenho sentido ela muito exigente, talvez mal acostumada. Acho que poderia apoiar mais, esta muito critíca, cobrando muito e apoiando pouco.
Diego Magalhães - Rádio Manchete: Sobre São Januário e o apoio da torcida, pode fazer sim a diferença. Se a torcida for, lotar, e apoiar o time. Se ficar xingando o Cristóvão, e vaiando jogadores não vai adiantar. Mas São Januário não é chamado de \"caldeirão\" a toa.
Diego Tirre - Super Rádio Brasil: A torcida pode fazer a diferença, mas para o bem (caso o Vasco comece o jogo na frente do marcador) ou para o mal (caso o time saia atrás, a pressão que houve com o Lanús tende a ser ainda maior).
Edilson Silva - CNT (Balanço Esportivo): O mais apaixonado torcedor de 2012 no Rio e o torcedor do Vasco. Basta ver a média de público. A classificação diante do Lanús devolveu a confiança abalada com a eliminação do Carioca. O numero de ingresso vendido mostra isso. Galera vascaina vai incendiar nesta quarta.
Francisco Aiello - Rádio Globo: Esse negócio de torcida é relativo. Costumo dizer que torcedor não age e sim reage àquilo que ele vê em campo da equipe. Se ele sente que o time está bem, ele incentiva e apóia. Se o time está mal, ele fica mudo ou até vaia. Quem determina isso é o time em campo.
Luiz Carlos Junior - Sportv: A torcida do mandante sempre pode (e deve) fazer a diferença. ela é fundamental em um confronto mata-mata.
Marcelo Neves - Placar: Com certeza a torcida fará a diferença. O Vasco precisa muito aproveitar essa vantagem da primeira partida, porque enfrentará a mesma pressão no jogo de volta, no Pacaembu. Acho até vantajoso para o Vasco disputar a primeira partida em casa. Isso te dá a possibilidade de construir uma boa vantagem e ir para o jogo de volta com uma estratégia bem definida. Além do fato de o Corinthians já ter dado sinais de nervosismo quando joga fora de casa. Isso ficou muito evidente na primeira partida contra o Emelec (0 x 0), quando os corintianos se preocuparam mais em bater boca com o árbitro do quem em vencer a partida.
Roberto Assaf - Lance: Sim, a torcida pode fazer a diferença se tiver a preocupação de apoiar o tempo todo, evitar vaias, como aconteceu no jogo passado. O Corinthians é um time difícil - evitando aqui de escrever a palavra chato, hoje politicamente incorreta, por motivo óbvio - de ser vencido. Logo, se a torcida não tiver uma mínimo de paciência, o próprio time deverá perdê-la - a paciência, é claro, e não a torcida - e correrá o risco de se, digamos, desesperar. O Corinthians é um time frio, gelado, mas caiu lamentavelmente no Campeonato Paulista, diante da Ponte Preta. Vale lembrar que o Vasco, na minha visão, só foi derrotado no Estadual, diante do Botafogo, porque se julgou, num dado momento, absolutamente superior ao adversário, que soube aproveitar. Quem joga futebol, profissional ou amador, depois de algum tempo, acaba percebendo o que o adversário está sentindo, pois, como na vida, a experiência vale muito. Como já disse, eu não apostaria um centavo de real, que não vale nada, em um vencedor, mas para alimentar a esperança de vocês, vascaínos, devo dizer que o Corinthians sofre de uma ansiedade formidável em relação à Libertadores, o que pode prejudicá-lo, de alguma forma. Por fim, devo explicar a vocês que não tenho nenhum problema em relação a isso, pois os nossos clubes - o meu e o de vocês - se equivalem em conquistas, incluindo as internacionais, ao contrário dos nossos outros dois rivais, e, logo, não ficarei triste, e sequer revoltado, se vocês chegarem, adiante. Boa sorte.
Sergio du Bocage - TV Brasil (EsporTVisão) : Torcida não ganha jogo, ainda mais contra um adversário experiente como o Corinthians. Ela pode empurrar o time, mas se exagerar, passa a cobrar e acaba sendo prejudicial. Mas sem dúvida que jogar em casa é sempre bom.
Wilson Hebert - Esporte Espetacular: Deve. Em momento algum será hora de vaiar ou pressionar o próprio time ou o técnico. Libertadores não é campeonato para se discutir relação, mas sim para todos estarem juntos o tempo todo. Se o Cristóvão fizer algo que a torcida não aprovar, é preciso deixar a reclamação para depois, pois lá no Pacaembu é certo da Fiel fazer pressão pró-Corinthians o tempo todo.
Wilson Pimentel - Rádio Tupi: Sim, lugar de torcedor do Vasco é dentro de São Januario e nos arredores. O Corinthians precisa sentir a pressão desde a hora que chegar no Largo da Cancela. Torcedor precisa mostrar que ela pode fazer a diferença. Não adianta ir para o estadio para vaiar. É preciso apoiar do começo ao fim.
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