Futebol
Foto: Centro de Memória do Club de Regatas Vasco da Gama
Ele é considerado um dos maiores artilheiros da história do Vasco e tem espaço reservado no coração de grande parte dos vascaínos pelos gols importantes que marcou durante a década de 90. Campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1992, o ex-jogador Valdir de Moraes Filho, o Valdir Bigode, teve papel importante durante a conquista do tri-campeonato estadual em 92, 93 e 94.
Apesar de ter tido o Campo Grande como primeiro clube, Valdir passou pelas categorias de base do cruzmaltino e conhece como poucos o trabalho que era realizado dentro do mesmo no início dos anos 90. Até mesmo por conta disso, o ídolo fez uma comparação entre a forma como era conduzida a transição naquele período e a forma como é realizada nos dias de hoje.
Em entrevista ao programa \"Só dá Vasco\" na última sexta-feira (08/02), o atacante que disputou mais de 235 partidas e marcou 135 gols pelo cruzmaltino também relembrou alguns momentos marcantes com a camisa vascaína e elogiou o técnico Gaúcho, treinador do Gigante da Colina durante a conquista da Copinha.
Atualmente com 40 anos de idade, Valdir conquistou quatro estaduais com a camisa vascaína, sendo o último deles em 2003.
Confira a entrevista com o ídolo vascaíno Valdir Bigode:
O que você poderia falar sobre o Gaúcho, seu treinador durante a conquista da Copinha de 92?
\"O Gaúcho foi um treinador e amigo. A gente se conheceu antes de jogar a Taça. Ele já era um cara muito querido por todos e depois assumiu a equipe e conseguiu levá-la até o título. Até hoje a maioria dos jogadres tem um bom contato com o Gaúcho, falo sempre com o Gaúcho e foi muito bom ter conhecido ele. Foi muito bom tê-lo tido como treinador\".
Qual foi o título mais importante com a camisa do Vasco para você?
\"O título mais importante foi o tri-campeonato porque foi um título que o Vasco lutou muito, passou por muitos problemas. Teve a situação do próprio Denner, que faleceu durante a competição, do terceiro campeonato. Foi muito difícil sentimos muito. Tenho certeza que esse foi o mais importante por todas as dificuldades que nós passamos disputando os três campeonatos cariocas, principalmente o terceiro\".
Por qual motivo você conseguiu obter sucesso no profissional pouco tempo após ter sido promovido? Como era feito o trabalho naquela época?
\"Quando eu jogava no juniores do Vasco era completamente diferente do que é hoje. A equipe de profissional tinha um time bom e trabalhava-se o jogador, o amador, com paciência e tranquilidade. Subia esse jogador com tranquilidade. Os treinadores que eram mais experientes colocavam esses jogadores nas vitórias, quando o time estava vencendo por 2 a 0 ou 3 a 0. Eles colocavam para que o jogador sentisse o peso de ser um jogador profissional. Isso era pausadamente. Hoje não. Hoje você colocar um garoto do juniores e ele tem que resolver. Ele perde muito com isso de ter que resolver. Ele tem que ser mais uma peça de adaptação. Só assim ele vai render muito mais. Na minha época foi dessa forma. Era devagarzinho O jovem só entrava contra um grande se tivesse o time ganhando. Contra os pequenos eles já colocavam. Foi assim que eu fui subindo e consegui me firmar na equipe de profissional. Hoje não está sendo assim. A maioria dos garotos já sobe e às vezes ele não aguenta a pressão\".O time profissional tinha um time bom e o jogador da base era trabalhando com tranquilidade. Quando o time tava ganhando o jogador entrava. Hoje você coloca o garoto do juniores e ele tem que resolver. Ele tem que ser apenas mais um. Só assim ele vai render muito mais. Na minha época foi desse forma\".
O fato de você ter atuado no profissional com jogadores com que atuou no profissional facilitou sua adaptação e ajudou ao Vasco?
\"Eu tenho certeza que sim, porque a gente jogou juvenil com o time de 72 e ganhamos o campeonato de juvenil. Depois quando nós subimos para o júnior nós encontramos os caras mais velhos, como o Tinho, o Carlos Germano, o Leandro, o Edmundo...Juntou esses jogadores e a gente começou a ganhar títulos. Depois esses jogadores foram para o profissional. Subiu um grupo vencedor, pois todos foram campeões. Ganhamos o Campeonato Carioca, fomos vice-campeões no Sul-Americano, ganhamos a Copa São Paulo, a Copa Belo Horizon te. Não tinha como você dispensar vários jogadores, foi dispensado uma meia dúzia, mas a maioria subiu junto. Isso deu uma base ao profissional, deu fortalecimento a cada jogador. Com certeza ajudou muito ao Vasco naquela época\".
Lembra-se do gol que você marcou contra o Bangu na final do Estadual de 92?
\"Me recordo bem do jogo contra o Bangu. Foi o meu primeiro gol importante no profissional. Acho que foi muito legal. Ali foi uma arrancada que eu consegui desenvolver. As pessoas acreditaram no meu trabalho. Foi dali que eu surgi realmente. Fiz aquele gol e as pessoas começaram a acreditar em mim\".
Com informações do Programa \"Só Dá Vasco\".
Por Carlos Gregório Junior
Veja a reportagem no local de origem e confira mais matérias exclusivas sobre o Vasco. Fonte: Blog do Carlos Gregório Júnior- SuperVasco.com
Entrevista: Valdir recorda o passado e avalia trabalho de base
Ele é considerado um dos maiores artilheiros da história do Vasco e tem espaço reservado no coração de grande parte dos vascaínos pelos gols importantes que marcou durante a década de 90. Campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1992, o ex-jogador Valdir de Moraes Filho, o Valdir Bigode, teve papel importante durante a conquista do tri-campeonato estadual em 92, 93 e 94.
Apesar de ter tido o Campo Grande como primeiro clube, Valdir passou pelas categorias de base do cruzmaltino e conhece como poucos o trabalho que era realizado dentro do mesmo no início dos anos 90. Até mesmo por conta disso, o ídolo fez uma comparação entre a forma como era conduzida a transição naquele período e a forma como é realizada nos dias de hoje.
Em entrevista ao programa \"Só dá Vasco\" na última sexta-feira (08/02), o atacante que disputou mais de 235 partidas e marcou 135 gols pelo cruzmaltino também relembrou alguns momentos marcantes com a camisa vascaína e elogiou o técnico Gaúcho, treinador do Gigante da Colina durante a conquista da Copinha.
Atualmente com 40 anos de idade, Valdir conquistou quatro estaduais com a camisa vascaína, sendo o último deles em 2003.
Confira a entrevista com o ídolo vascaíno Valdir Bigode:
O que você poderia falar sobre o Gaúcho, seu treinador durante a conquista da Copinha de 92?
\"O Gaúcho foi um treinador e amigo. A gente se conheceu antes de jogar a Taça. Ele já era um cara muito querido por todos e depois assumiu a equipe e conseguiu levá-la até o título. Até hoje a maioria dos jogadres tem um bom contato com o Gaúcho, falo sempre com o Gaúcho e foi muito bom ter conhecido ele. Foi muito bom tê-lo tido como treinador\".
Qual foi o título mais importante com a camisa do Vasco para você?
\"O título mais importante foi o tri-campeonato porque foi um título que o Vasco lutou muito, passou por muitos problemas. Teve a situação do próprio Denner, que faleceu durante a competição, do terceiro campeonato. Foi muito difícil sentimos muito. Tenho certeza que esse foi o mais importante por todas as dificuldades que nós passamos disputando os três campeonatos cariocas, principalmente o terceiro\".
Por qual motivo você conseguiu obter sucesso no profissional pouco tempo após ter sido promovido? Como era feito o trabalho naquela época?
\"Quando eu jogava no juniores do Vasco era completamente diferente do que é hoje. A equipe de profissional tinha um time bom e trabalhava-se o jogador, o amador, com paciência e tranquilidade. Subia esse jogador com tranquilidade. Os treinadores que eram mais experientes colocavam esses jogadores nas vitórias, quando o time estava vencendo por 2 a 0 ou 3 a 0. Eles colocavam para que o jogador sentisse o peso de ser um jogador profissional. Isso era pausadamente. Hoje não. Hoje você colocar um garoto do juniores e ele tem que resolver. Ele perde muito com isso de ter que resolver. Ele tem que ser mais uma peça de adaptação. Só assim ele vai render muito mais. Na minha época foi dessa forma. Era devagarzinho O jovem só entrava contra um grande se tivesse o time ganhando. Contra os pequenos eles já colocavam. Foi assim que eu fui subindo e consegui me firmar na equipe de profissional. Hoje não está sendo assim. A maioria dos garotos já sobe e às vezes ele não aguenta a pressão\".O time profissional tinha um time bom e o jogador da base era trabalhando com tranquilidade. Quando o time tava ganhando o jogador entrava. Hoje você coloca o garoto do juniores e ele tem que resolver. Ele tem que ser apenas mais um. Só assim ele vai render muito mais. Na minha época foi desse forma\".
O fato de você ter atuado no profissional com jogadores com que atuou no profissional facilitou sua adaptação e ajudou ao Vasco?
\"Eu tenho certeza que sim, porque a gente jogou juvenil com o time de 72 e ganhamos o campeonato de juvenil. Depois quando nós subimos para o júnior nós encontramos os caras mais velhos, como o Tinho, o Carlos Germano, o Leandro, o Edmundo...Juntou esses jogadores e a gente começou a ganhar títulos. Depois esses jogadores foram para o profissional. Subiu um grupo vencedor, pois todos foram campeões. Ganhamos o Campeonato Carioca, fomos vice-campeões no Sul-Americano, ganhamos a Copa São Paulo, a Copa Belo Horizon te. Não tinha como você dispensar vários jogadores, foi dispensado uma meia dúzia, mas a maioria subiu junto. Isso deu uma base ao profissional, deu fortalecimento a cada jogador. Com certeza ajudou muito ao Vasco naquela época\".
Lembra-se do gol que você marcou contra o Bangu na final do Estadual de 92?
\"Me recordo bem do jogo contra o Bangu. Foi o meu primeiro gol importante no profissional. Acho que foi muito legal. Ali foi uma arrancada que eu consegui desenvolver. As pessoas acreditaram no meu trabalho. Foi dali que eu surgi realmente. Fiz aquele gol e as pessoas começaram a acreditar em mim\".
Retirada do Blog \"Fotos do Vasco\" |
Com informações do Programa \"Só Dá Vasco\".
Por Carlos Gregório Junior
Veja a reportagem no local de origem e confira mais matérias exclusivas sobre o Vasco. Fonte: Blog do Carlos Gregório Júnior- SuperVasco.com
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