Entrevista: Nelson Medrado Dias, candidato à presidência do Vasco
Nelson Medrado Dias é filho de José Maria Medrado Dias, tem 60 anos de idade, é advogado, benemérito do clube e está disputando à presidência do Vasco. O nome da chapa a qual participa se chama A virada vascaína. A oficialização de sua candidatura veio por meio de um e-mail ao site NetVasco.
E ele, gentilmente, nos cedeu uma entrevista para nos esclarecer pontos em relação ao seu plano de gestão e também assuntos relacionados ao Vasco da Gama.
Confira a entrevista.
Qual é a sua análise sobre a gestão de Eurico Miranda e de Roberto Dinamite?
Não tenho por hábito criticar gestões anteriores. Acho que os vascaínos devem ver como está o Vasco hoje e tirar as suas próprias conclusões. Se concordasse com a gestão anterior e/ou atual, eu apoiava um ou outro.
Qual é o seu diferencial em relação aos outros candidatos?
Veja... Sou formado em administração de empresas e vejo na gestão do atual presidente uma linha de pensamento diferente da minha. Em relação aos outros candidatos, nenhum deles tem passagem na esfera administrativa, ou melhor, na gestão do clube. Não costumo avaliar o que não sei.
O Vasco viveu na década passada sua maior crise em toda a sua história, tanto na parte administrativa, mas também na parte futebolística. Como o senhor analisa esse momento tenebroso que o Vasco viveu?
Esse momento tenebroso que o Vasco viveu é refletido na administração personalista do ex-presidente.
A atual gestão tenta mostrar-se transparente em relação ao balanço financeiro do clube. Como você irá se portar em relação à transparência financeira?
Não concordo em que a gestão atual procure ser transparente em relação à vida financeira do clube. Pretendo publicar mensalmente o balancete do Vasco. Que irá, retratar integralmente o movimento financeiro e a situação patrimonial do clube.
Como o senhor pensa em lidar com essa dívida gigantesca que o Vasco possui?
Realmente é gigantesca! Mas é necessário administrá-la, não atacando a gestão anterior ou deixá-la aumentar. Seria importante que a administração atual publicasse a composição dos débitos e a forma com que foram pagos o valor de R$115 milhões.
As brigas políticas vêm acabando com o Vasco pouco a pouco durante os anos. Como você pensa em lidar com essa situação se for eleito?
A vida política do Vasco sempre foi agitada. De 10 anos para cá, com os resultados da gestão do ex-presidente, com o surgimento do MUV e com a eleição do atual presidente houve uma radicalização que em tempos passado se exauria com as eleições. Após esses momentos todos só pensavam no Vasco. Essa radicalização tem que terminar e a vejo com a eleição de um candidato independente que tenha tradição no clube. Essa radicalização termina no momento em que um presidente independente eleito esqueça que houve uma administração de Eurico Mirando e de Roberto Dinamite. Todos devem tomar conhecimento dos fatos ocorridos, inclusive participando das decisões. Pretendo implantar um conselho composto por: presidente da diretoria administrativa, presidente do conselho deliberativo, presidente do conselho de beneméritos e por dois membros escolhidos pelo presidente.
Todos os vascaínos sabem que os esportes que trazem mais títulos, alegrias e receita ao clube são o futebol e o remo, respectivamente. Como o senhor pretende cuidar desses dois principais esportes do clube? E em relação aos outros esportes, pretende dar mais atenção a eles?
Indiscutivelmente, o futebol e o remo são esportes de ponta do Vasco. Estou estudando a hipótese de ter um patrocínio exclusivo para o futebol e o remo. E outro patrocínio para os outros esportes.
Investimentos nas divisões de base são muito importantes, mas faltam recursos para formar jogadores de qualidade. O que irá fazer para aumentar/criar esses recursos?
Como disse em outra pergunta, pretendo ter um patrocínio para o futebol e o remo e outro para outras modalidades. Teria que analisar se as divisões de base receberiam recursos do patrocínio do futebol e do remo ou dos esportes amadores.
Temos muitos candidatos à presidência do Vasco. E em eleições passadas, candidatos se uniram a outros para ganharem mais força na eleição. Você pensa em se juntar com algum candidato ou essa possibilidade está totalmente descartada?
A princípio, não pretendo me unir a outros candidatos. No entanto, entendo que os projetos pessoais não devam se sobrepor ao Vasco. E se todos os candidatos abrirem não de suas candidaturas em prol de um terceiro estudarei a hipótese, dependendo de quem for esse candidato. Com isso, quero dizer que não fecho automaticamente com um candidato.
O fechamento do Anel em São Januário é um dos seus objetivos. Como pretende conseguir os recursos necessários para realizar essa obra?
Pretendo arrecadar recursos junto aos vascaínos para financiar parte da obra e o restante com vendas de publicidade junto ao local construído. Inclusive, pretendo se eleito, expor ao quadro social o projeto de construção para sugestões.
Quais as melhorias que o senhor pretende fazer na sede do Calabouço, caso seja eleito?
Em razão de sua localização, imagino que a exploração do restaurante com uma visibilidade mais aprazível, com uma melhor estrutura, aluguel do salão para eventos sociais como é feito na Lagoa, modernização do bar e a geração dos recursos ali ocorridos serão reaplicados na sede, devendo a mesma ser auto-sustentável.
Hoje o site oficial do Vasco da Gama possui poucas informações sobre o clube, obrigando torcedores a buscá-las em outros meios. O que irá fazer em relação ao marketing vascaíno?
Realmente, o site oficial do Vasco é muito pobre. Iremos reformulá-lo integralmente, incluindo links, informativos, fotos (das torcidas, São Januário, parque aquático, etc.) para download e informações financeiras incluindo a publicação dos balancetes mensais.
No que se refere ao marketing, temos que nos valer de todas as ferramentas existentes, como: venda de brindes com a marca do Vasco e utilização das redes sociais, licenciamento da marca, promoção de eventos esportivos e sociais em que haja exposição da marca.
Quais as mudanças devem ser feitas no Estatuto do Vasco?
Aproveitar os artigos que dão a visibilidade social do clube e adaptá-lo ao que é exigido pela nova legislação, como por exemplo: a eleição dos mandatários do clube diretamente pelos sócios sem que haja a necessidade de se eleger os mesmos pelos conselheiros. Como idéia própria, entendo que o conselho fiscal deva ser independente, isto é, não tenha qualquer tipo de relacionamento nem com a situação nem com a oposição. No tocante, as camisas à que se estudarem quantas serão necessárias para a disputa de competições oficiais. Outro tópico de julgo importante é a poluição da camisa em razão da exposição das marcas de seus patrocinadores.
Deixe o seu recado final aos vascaínos.
Primeiro desejo agradecer a você pela oportunidade de responder aos seus questionamentos, e a seguir gostaria de demonstrar a minha honra em poder disputar uma eleição para a presidência do Vasco, que caso seja vencedor a dedicarei ao meu pai, a quem devo pelo amor ao Vasco.
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