Futebol
Depois de amargar o banco de reservas do Vasco por mais de um ano, o goleiro Tiago chegou ao Fazendão com status de titular. Assumiu o gol durante os sete primeiros jogos do estadual, mas perdeu a posição para Omar, 20 anos. A última vez que entrou em campo foi no dia 13 de fevereiro, quando o Bahia perdeu para o Camaçari por 3x2.
O principal adversário dele estava na arquibancada. Tiago não conseguiu conquistar a admiração dos torcedores e, após muitas vaias, foi afastado do time por cinco rodadas. Tempo suficiente para assistir em vídeo a todos os gols que sofreu. Nos últimos três jogos, foi relacionado. Espera nova chance. Em entrevista ao CORREIO, Tiago falou sobre o afastamento do time e a rejeição da torcida.
Você se sente injustiçado?
É chato sair do time por causa de uma falha. Não tem cabimento. Numa fase ruim, você ser afastado por causa de uma falha é muito pesado, mas futebol tem disso. Sinto que se fosse pra afastar não era só eu. Nada tava dando certo, então, também tem que tirar o atacante que perdeu um gol, o meia que errou um passe. Foi muito cômodo colocar a culpa em um só.
Como foi ficar afastado?
É muito triste só treinar e não ir pra jogo. Fiquei quase 20 dias sem sair de casa. Não tava feliz, mas comecei a esfriar a cabeça. Assisti a todos os gols que tomei e cheguei a conclusão de que podia ficar com a consciência tranqüila, não vi isso tudo que foi colocado, vi uma falha sim e ponto.
Que falha foi essa?
No jogo contra o Camaçari, no segundo gol. Quem tava lá no clube viu que meu braço tava roxo, porque eu tomei uma cotovelada no ar. Eu sai pra segurar a bola. Pro goleiro, basta um toque que te desloca. Se o juiz não deu, foi falha.
Como foi decidido o seu afastamento?
Não foi bem um afastamento, foi um tempo pra eu refrescar a cabeça por causa da pressão que tava sofrendo. Mas em nenhum momento pedi pra sair. Conversei com o treinador de goleiros (Ricardo Palmeira) e com o Chiquinho, que era técnico na época, e foi decidido dar um tempo.
Você identificou o motivo dessa rejeição da torcida?
Sinceramente, eu não sei. Eu vim de coração aberto pra tentar agradar e foi bem difícil. Logo no primeiro jogo em casa já tinha vaia quando eu cobrava tiro de meta. Sabe o que pareceu? Que eu tinha jogado minha vida toda no Vitória e tinha ido pro rival. Acho que não é nem contra mim, mas sim uma preferência a outro.
Você pediu ao Vasco pra ser emprestado, porque já estava muito tempo na reserva. Como é voltar a ficar no banco?
É difícil. Não que quando você assina contrato é de titular ou reserva, mas eu vim pra ajudar o clube e me ajudar também. Só que infelizmente no começo foi muito difícil. Tinham cinco ou seis contratações que ainda não podiam jogar. O time tinha muito garoto e foi um pouco complicado. O Omar não teve culpa de nada, tenho total respeito a ele, mas ficar sem jogar não é nada agradável pra mim.
Você pensou em voltar pro Vasco?
Não. Em nenhum momento. Foi o Bahia que foi atrás de mim e nunca quebrei contrato. Não vi e não vejo motivo pra ter saído da equipe. Mas vamos trabalhar pra que eu possa voltar a jogar. É fácil desrespeitar treinador, colocar lenha. Nunca questionei minha saída do time através da imprensa. Eu tenho é que trabalhar pra sair do banco.
Você tem 27 anos. Como é ser reserva de um garoto de 20?
É normal. Não penso nisso. A partir do momento que é do profissional, não importa se tem 20 ou 35 anos. Não vejo problema em estar no banco pra um goleiro mais jovem. É tão ruim quanto se fosse pra um goleiro de 35 anos.
O que você achou da chegada de Vagner Benazzi?
Eu trabalhei com ele durante um ano e meio (na Portuguesa) e acho que foi uma contratação importante. Ele sabe levar o grupo. Pra mim, a princípio, não mudaria nada, eu tinha acabado de sair da equipe. Ele já deixou bem claro pro grupo que quem escala goleiro é o Ricardo, o treinador de goleiros, com o aval dele, claro.
Quando você era titular, o Bahia não fazia uma boa campanha. Como você vê o Bahia hoje?
Hoje o Bahia está num momento de ascensão. Estamos sem perder desde que o Benazzi chegou. O time tem jogado algumas partidas não tão boas, mas os resultados estão vindo, que é o principal. Os jogadores estão mais soltos.
Como é entrar em campo de novo após essa rejeição?
Quando tiver oportunidade, vou fazer o meu melhor. Sei do que sou capaz. Tô treinando e esperando.
Você acha que ainda pode conquistar a torcida do Bahia?
Acho que sim. O começo do ano não foi bom pra ninguém. Os resultados não estavam vindo, nada estava acontecendo, não só pra mim, mas pro time todo. Tenho esperança de voltar a jogar logo pra corresponder à expectativa que foi criada. Fonte: Correio da Bahia
Emprestado pelo Vasco, Tiago amarga a reserva no Bahia
Depois de amargar o banco de reservas do Vasco por mais de um ano, o goleiro Tiago chegou ao Fazendão com status de titular. Assumiu o gol durante os sete primeiros jogos do estadual, mas perdeu a posição para Omar, 20 anos. A última vez que entrou em campo foi no dia 13 de fevereiro, quando o Bahia perdeu para o Camaçari por 3x2.
O principal adversário dele estava na arquibancada. Tiago não conseguiu conquistar a admiração dos torcedores e, após muitas vaias, foi afastado do time por cinco rodadas. Tempo suficiente para assistir em vídeo a todos os gols que sofreu. Nos últimos três jogos, foi relacionado. Espera nova chance. Em entrevista ao CORREIO, Tiago falou sobre o afastamento do time e a rejeição da torcida.
Você se sente injustiçado?
É chato sair do time por causa de uma falha. Não tem cabimento. Numa fase ruim, você ser afastado por causa de uma falha é muito pesado, mas futebol tem disso. Sinto que se fosse pra afastar não era só eu. Nada tava dando certo, então, também tem que tirar o atacante que perdeu um gol, o meia que errou um passe. Foi muito cômodo colocar a culpa em um só.
Como foi ficar afastado?
É muito triste só treinar e não ir pra jogo. Fiquei quase 20 dias sem sair de casa. Não tava feliz, mas comecei a esfriar a cabeça. Assisti a todos os gols que tomei e cheguei a conclusão de que podia ficar com a consciência tranqüila, não vi isso tudo que foi colocado, vi uma falha sim e ponto.
Que falha foi essa?
No jogo contra o Camaçari, no segundo gol. Quem tava lá no clube viu que meu braço tava roxo, porque eu tomei uma cotovelada no ar. Eu sai pra segurar a bola. Pro goleiro, basta um toque que te desloca. Se o juiz não deu, foi falha.
Como foi decidido o seu afastamento?
Não foi bem um afastamento, foi um tempo pra eu refrescar a cabeça por causa da pressão que tava sofrendo. Mas em nenhum momento pedi pra sair. Conversei com o treinador de goleiros (Ricardo Palmeira) e com o Chiquinho, que era técnico na época, e foi decidido dar um tempo.
Você identificou o motivo dessa rejeição da torcida?
Sinceramente, eu não sei. Eu vim de coração aberto pra tentar agradar e foi bem difícil. Logo no primeiro jogo em casa já tinha vaia quando eu cobrava tiro de meta. Sabe o que pareceu? Que eu tinha jogado minha vida toda no Vitória e tinha ido pro rival. Acho que não é nem contra mim, mas sim uma preferência a outro.
Você pediu ao Vasco pra ser emprestado, porque já estava muito tempo na reserva. Como é voltar a ficar no banco?
É difícil. Não que quando você assina contrato é de titular ou reserva, mas eu vim pra ajudar o clube e me ajudar também. Só que infelizmente no começo foi muito difícil. Tinham cinco ou seis contratações que ainda não podiam jogar. O time tinha muito garoto e foi um pouco complicado. O Omar não teve culpa de nada, tenho total respeito a ele, mas ficar sem jogar não é nada agradável pra mim.
Você pensou em voltar pro Vasco?
Não. Em nenhum momento. Foi o Bahia que foi atrás de mim e nunca quebrei contrato. Não vi e não vejo motivo pra ter saído da equipe. Mas vamos trabalhar pra que eu possa voltar a jogar. É fácil desrespeitar treinador, colocar lenha. Nunca questionei minha saída do time através da imprensa. Eu tenho é que trabalhar pra sair do banco.
Você tem 27 anos. Como é ser reserva de um garoto de 20?
É normal. Não penso nisso. A partir do momento que é do profissional, não importa se tem 20 ou 35 anos. Não vejo problema em estar no banco pra um goleiro mais jovem. É tão ruim quanto se fosse pra um goleiro de 35 anos.
O que você achou da chegada de Vagner Benazzi?
Eu trabalhei com ele durante um ano e meio (na Portuguesa) e acho que foi uma contratação importante. Ele sabe levar o grupo. Pra mim, a princípio, não mudaria nada, eu tinha acabado de sair da equipe. Ele já deixou bem claro pro grupo que quem escala goleiro é o Ricardo, o treinador de goleiros, com o aval dele, claro.
Quando você era titular, o Bahia não fazia uma boa campanha. Como você vê o Bahia hoje?
Hoje o Bahia está num momento de ascensão. Estamos sem perder desde que o Benazzi chegou. O time tem jogado algumas partidas não tão boas, mas os resultados estão vindo, que é o principal. Os jogadores estão mais soltos.
Como é entrar em campo de novo após essa rejeição?
Quando tiver oportunidade, vou fazer o meu melhor. Sei do que sou capaz. Tô treinando e esperando.
Você acha que ainda pode conquistar a torcida do Bahia?
Acho que sim. O começo do ano não foi bom pra ninguém. Os resultados não estavam vindo, nada estava acontecendo, não só pra mim, mas pro time todo. Tenho esperança de voltar a jogar logo pra corresponder à expectativa que foi criada. Fonte: Correio da Bahia
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