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Empresários de Dedé se reuniram com dirigentes do Corinthians

Corinthians e representantes de Dedé conversam nos últimos dias para achar a melhor forma da saída do zagueiro do Vasco. Na tarde desta terça-feira, os empresários Magrão e Ubiraci Cardoso, o Bira, estiveram em São Paulo para uma reunião com a diretoria do Timão.

São diversos imbróglios envolvendo Justiça, outro empresário e fundo de investimento que, neste momento, impedem uma conclusão rápida da situação. Dedé, apesar de ressaltar o carinho que tem pelo Vasco, autorizou o negócio. Enquanto espera o pagamento de três meses de salários atrasados, ele participa da pré-temporada, com expectativa de novos ares.

O clube carioca necessita de dinheiro em caixa e sabe que a venda do zagueiro aliviaria o orçamento de 2013, que prevê cerca de R$ 19 milhões com venda de jogadores. Mas é justamente a dúvida de quanto vai receber no negócio que o faz brecar a transferência. Então, os parceiros terão de entrar na conversa e, com o Corinthians, ver como chegar à melhor alternativa.

Na última segunda-feira, durante reunião para tratar da saída do meia Felipe, o empresário Reinaldo Pitta voltou a cobrar a diretoria cruzmaltina, reivindicando 25% dos direitos econômicos de Dedé. Tal percentual foi adquirido na operação que tirou o jogador do Volta Redonda para colocá-lo no Vasco por empréstimo, no meio de 2009, por meio do Villa Rio, clube-empresa que pertence à Ability.

Outro problema na Justiça pode fazer com que o Vasco perca mais dinheiro. Um processo de Romário contra o clube determinou a penhora de 5% dos direitos de Dedé. A diretoria vascaína vai tentar tirar o zagueiro do processo antes de realizar qualquer transferência.

Pelo contrato que firmou com a Liga Participações & Intermediações, empresa que detém 45% dos direitos de Dedé, o Vasco tem de negociar o jogador se a proposta chegar a 7 milhões de euros (cerca de R$ 18 milhões). O Timão ouviu que o negócio poderia sair por R$ 20 milhões, mas ainda acha caro. Até por isso, espera que os parceiros e representantes se resolvam para diminuir o preço e o negócio sair.

O QUE ATRAPALHA A NEGOCIAÇÃO DE DEDÉ...

...PENHORA NA JUSTIÇA

Em agosto de 2012, o ex-jogador e deputado Romário entrou na Justiça cobrando uma dívida de R$ 58 milhões do Vasco. O juiz determinou que fossem penhorados 5% dos direitos econômicos de Dedé, Eder Luis, Fellipe Bastos e Nilton. O último deixou o clube para defender o Cruzeiro. O departamento jurídico do Vasco afirma que já recorreu da decisão, e que o processo não impede a venda de qualquer um destes jogadores.

...COBRANÇA DE REINALDO PITTA

O empresário Reinaldo Pitta cobra na Justiça 25% dos direitos econômicos de Dedé. Segundo ele, foi adquirido este percentual do Volta Redonda quando Dedé foi adquirido pelo Villa Rio antes de ser emprestado ao Vasco. Então, seriam 25% de Pitta e outros 75% do Villa Rio. Villa e Vasco, no entanto, trataram como se os 75% fossem 100%, igorando a participação do empresário nos direitos do jogador. Uma reunião entre Pitta e Cristiano Koehler, diretor do Vasco, já foi realizada nesta semana para discutir o assunto.

CONTRATO E DIREITOS DE DEDÉ

Chegada por empréstimo

No fim de maio de 2009, Dedé, que pertencia ao Volta Redonda, tem os direitos econômicos adquiridos pelo Villa Rio, clube-empresa da Ability. Então, é repassado por empréstimo ao Vasco até o fim de 2010.

Compra de 50%

Em outubro de 2010, o Vasco pagou cerca de 1 milhão de euros e adquiriu 50% dos direitos econômicos de Dedé. Além disso, passou a ter os direitos federativos do jogador, renovando o contrato, a partir de janeiro de 2011 até 31 de dezembro de 2014. Os outros 50% ainda pertenciam ao Villa Rio.

Fatia com a Liga Participações

Em agosto de 2011, o Vasco realizou uma compra casada com a Liga Participações & Intermediações, do Rio Grande do Sul. Comprou 40% do Villa Rio, deixando o Villa Rio com 10% e ficando com 90% dos direitos. Semanas depois, vendeu 45% para a Liga por 1,8 milhão de euros (R$ 4,9 milhões na época).

Renovação e aumento

Em julho de 2012, o Vasco renovou contrato com o zagueiro até 31 de dezembro de 2015. Na operação, o salário do jogador passou de R$ 120 mil para R$ 250 mil, e a multa rescisória subiu para R$ 70 milhões.

Fonte: Lancenet!