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Empresa contratada pelo Atlético-PR sugeriu mais seguranças em Joinville

O proprietário da empresa de segurança Mazari, contratada pelo Atlético-PR para a partida na Arena Joinville, Arilsson Alves, afirmou ter recomendado para o Furacão que contratasse um número maior de seguranças. Segundo ele, o clube não aceitou a proposta e pediu 60 pessoas. Além do efetivo disponibilizado pela firma catarinense, outros 30 homens foram contratados pela empresa Cerberus, de Curitiba, totalizando 90 pessoas para cuidar da segurança na partida. Segundo o presidente da Fundação de Esportes de Joinville, Fernando Krelling, o Atlético-PR sabia que não haveria policiamento na partida.

Alves não estimou quantas pessoas seriam necessárias para fazer a segurança do jogo, mas disse que, em partidas menores, como as do Joinville, são usadas de 60 a 70. O público da partida entre Atlético-PR x Vasco foi de 8.978 pagantes. O jogo era considerado de alto risco, pois o rubro-negro ainda brigava por uma vaga na Libertadores, enquanto que o Vasco lutava contra o rebaixamento no Brasileiro.

- Eles (os clubes) pedem o quê acham necessário. A gente pede mais, mas eles não ouvem. Em partidas com o Joinville, a gente mobiliza de 60 a 70 pessoas. Imagina num jogo dessa proporção.

A Mazari fez a segurança dos dois últimos jogos do Atlético-PR na Arena Joinville – Náutico e Vasco - por conta da perda de dois mandos de campo em virtude da punição sofrida após confusão no clássico contra o Coritiba, na Vila Capanema, em Curitiba. Ainda conforme o proprietário da empresa, na partida contra o Náutico, foram usados 30 seguranças.

A participação de cada uma das empresas de segurança é questionada pelas duas partes. Segundo Alves, a Cerberus, de Curitiba, levou 30 pessoas para a Arena Joinville, o que aumentou o efetivo dentro do estádio para 90 pessoas. Já a Cerberus rebateu afirmando que só 15 pessoas foram contratadas para fazer a segurança apenas da delegação.

- Acompanhamos a delegação com 15 homens e o nosso pessoal ficou dentro do gramado. Quando começou a confusão, nossos seguranças foram ajudar, inclusive com a retirada dos feridos e o controle da área - completou o proprietário da Cerberus, Carlos Russi.

O proprietário da empresa de segurança catarinense contou que estava entre as duas torcidas quando tudo começou. Segundo ele, o estopim foi a tentativa de dois torcedores do Atlético-PR em recuperar uma camisa retirada por vascaínos ainda na entrada do estádio.

- Eu ouvi tudo. Eles disseram que não tinha ninguém que iria impedir deles irem buscar a camisa. Eles foram buscar, apanharam e a torcida do Atlético-PR invadiu. Deu no que deu. Não tinha como controlar.

Atlético-PR sabia que não haveria policiamento na Arena

Responsável pela administração da Arena Joinville, o presidente da Fundação de Esportes de Joinville, Fernando Krelling, informou que o Atlético-PR sabia que não haveriam policiais militares dentro do estádio e que a situação já havia ocorrido na partida contra o Náutico.

Segundo Krelling, uma reunião na Fundação de Esportes com o Atlético-PR foi feita antes das partidas para definir as responsabilidades de cada uma das partes.

- O Atlético-PR sabia anteriormente que a PM não estaria na Arena. Houve uma reunião na Fundação de Esportes, pois no jogo com o Náutico já não houve.

Krelling também lembrou que o contrato de aluguel da Arena Joinville prevê que toda a responsabilidade de segurança seja do contratante.

A reportagem do GloboEsporte.com procurou a assessoria de imprensa do Atlético-PR, que não atendeu o telefone celular. O clube divulgou uma nota oficial dizendo que vai ajudar na localização dos torcedores envolvidos na confusão.

Fonte: ge