Em Portugal, Moreira busca parceiros para socorrer situação do Vasco
As principais referências do elenco do Vasco se reuniram com Abel Braga na tarde de segunda-feira em busca de maior entendimento sobre o sistema de jogo idealizado pelo técnico. E isso me parece um indicativo positivo. Em linhas gerais, é o time se esforçando para entender melhor os ideias do comandante. O sistema defensivo funciona bem (0,58 gol por jogo — sete em 12 jogos), mas a produção do ataque não. E isso desgasta o todo — física e emocionalmente.
Ontem, nova reunião, mas desta vez com presidente Alexandre Campello. E com todo o elenco. Os jogadores sabem que o clube tem sérias dificuldades de caixa nos seis primeiros meses ano, mas questionam que é um problema recorrente na atual gestão. Pura verdade. Em 2018, a venda de Paulinho amenizou o drama. E em 2019, o aval de parceiros permitiu a ida ao mercado. A estratégia este ano era o desbloqueio do dinheiro devido pela Caixa — manobra que o banco tem dificultado.
O benemérito José Luiz Moreira, que costumava socorrer o clube nas gestões de Eurico Miranda, reassumirá a vice-presidência de futebol no próximo dia 16. Ele está em Portugal e costura por lá o apoio de representantes da colônia portuguesa — ao menos para socorrer as finanças do clube no curto prazo. Mas, ao ocupar o cargo, irá ao mercado em busca de parcerias para dar a Abel Braga mais opções. E não custa lembrar que uma das reivindicações de Vanderlei, em dezembro passado, era a contratação de cinco reforços.
Não sei ao certo se Abel Braga aguentará até lá. Vai precisar que sua conversa com o time surta efeito no jogo de amanhã, contra o Goiás, em São Januário, partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Pessoas próximas a ele já falam do abatimento do treinador e, em se tratando de Abel Braga, não surpreenderia se ele sucumbisse à pressão — o que seria o pior cenário para o Vasco, neste momento. A maior esperança é o reaparecimento do colombiano Guarín. Vejamos.