Em má fase, Leandro Castan sofre críticas da torcida
Leandro Castan se notabilizou por ser a voz da liderança no Vasco. Chegou ao clube em 2018, após superar um câncer, com a bagagem de seis temporadas no futebol italiano, e logo se transformou em exemplo para os companheiros de elenco. Porém, a voz que tanto cobrou, que tanto estimulou o vestiário, que tanto cobrou a diretoria em nome dos companheiros, ficou rouca em meio à difícil luta para escapar do rebaixamento.
Para a partida contra o Corinthians, no domingo, na Neo Química Arena, há boas chances de ser mantido na equipe titular e formar a dupla de zaga com Marcelo Alves, deixando Ricardo Graça na reserva. Mas a convicção da torcida em torno do capitão não é a mesma que antes. Leandro Castan vive seu pior momento na Colina.
Além da má fase técnica, pesa contra ele a entrevista após a derrota para o Fortaleza — derrota por 3 a 0 —, quando o abatimento pela condição do time não pode ser disfarçado. O técnico Vanderlei Luxemburgo e a diretoria saíram em defesa do zagueiro.
Na última quarta-feira, ele postou nas redes sociais uma mensagem explicando porque atravessa fase reclusa:
“O silêncio não é covardia, é sabedoria de quem aprendeu a confiar em Deus”.
Em um elenco formado por garotos ou jogadores com passagens por clubes menores, Leandro Castan é quem tem o currículo de maior expressão. Por isso é um dos mais cobrados. Antes de defender a Roma, período em que chegou a ser chamado para a seleção, foi campeão brasileiro e da Libertadores com o Corinthians. Será justamente diante dos paulistas que tentará a volta por cima e a vitória que poderá ajudar na luta contra a Série B.
O zagueiro cruz-maltino costuma dizer que tenta retribuir a confiança que o Vasco depositou nele ao trazê-lo de volta ao Brasil, depois do câncer, com o retorno do time aos melhores dias, à disputa de uma Libertadores. Por ora, não é nem preciso tanto. Só de manter a equipe na Primeira Divisão, já estará de muito bom tamanho.
Remanescente de estratégia no futebol
Leandro Castan é o símbolo de uma estratégia que o Vasco adotou durante a gestão de Alexandre Campello: a contratação de veteranos com histórico de destaque no futebol europeu.
Em 2018, além dele, veio o argentino Maxi López. Os dois foram importantes no segundo semestre daquele ano e ajudaram o Vasco a seguir na Série A. No ano seguinte, chegou Bruno César para ser o dono da camisa 10.
Tanto o atacante quanto o meia fracassaram em São Januário e deixaram o clube. Leandro Castan ficou e se transformou numa referência. Depois do primeiro contrato curto, de seis meses, assinou um novo até dezembro de 2022.
Fonte: ExtraMais lidas
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