Em baixa, Dedé tenta reconquistar fama dos tempos de Vasco

O Cruzeiro surge como um dos favoritos ao título do Campeonato Brasileiro e Dedé é lembrado apenas como mais uma peça importante na engrenagem montada por Marcelo Oliveira. Diferente da época de Vasco da Gama, quando era protagonista de um time irregular e carregava o peso de ser chamado por torcida e crítica de “melhor zagueiro do Brasil”, agora em Minas Gerais o jogador busca recuperar seu bom desempenho e novamente sua vaga na Seleção Brasileira ao estilo que caracteriza o Estado no ditado popular: quietinho.

Dedé não deixou de se idolatrado em seu novo clube, mas os holofotes são menores do que na época de Vasco .Em uma negociação estimada em mais de 5 milhões de euros, Dedé chegou ovacionado pela torcida em maio de 2013. No aeroporto de Confins, mais de 300 torcedores foram recepcionar a chegada do atleta com gritos: “uh, é o Mito”.

Dentro de campo, o futebol tem feito juz à confiança depositada, apesar de vacilos como na última quarta-feira, quado falhou no gol do Flamengo pela Copa do Brasil. O defensor já fez 20 partidas com a camisa e fez dois gols. Ao todo foram, 13 vitórias, quatro empates e três derrotas. Ao lado de Bruno Rodrigo, Dedé ajudou a arrumar a zaga do Cruzeiro – um problema antigo do time celeste.

Junto à história que começa a ser escrita com a camisa azul veio o sucesso no Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro luta pela liderança, tem 28 pontos e se coloca como candidato ao título. A defesa é a terceira menos vazada, com 14 em 15 jogos. O time volta a campo neste sábado para enfrentar a Ponte Preta a partir das 18h30 (de Brasília).

O xerife tem o apoio dos companheiros e do técnico Marcelo Oliveira. “A presença de um grande zagueiro com um ótimo cabeceio e boa recuperação, que passou por um período adaptação, mas nos últimos jogos se comportou bem, tem sido muito útil com o Bruno e o Leo neste momento e nos dá uma tranquilidade de render bem”, avaliou.

Companheiro de setor defensivo, o volante Nilton explicou que gosta de atuar junto a Dedé. Ele afirmou ainda que, apesar da pouca idade, a experiência do atleta ajuda a todos dentro das quatro linhas. “Ele passa muita segurança para o time, é firme lá atrás e dá muita tranquilidade. A gente ali do meio-campo sabe que, se o jogador passar pelo meio, o Dedé vai conseguir cobrir da melhor maneira. É um excelente jogador e uma pessoa maravilhosa também”, disse.

A vida longe do Rio

Premiado no Vasco como melhor zagueiro do Campeonato Brasileiro em 2011, craque do brasileirão em 2010 e 2011, além de outras conquistas particulares, Dedé começa a viver longe do Rio a experiência de voltar ao auge da carreira. Apesar de estar distante da Cidade Maravilhosa e ter uma exposição menor, Minas Gerais pode dar visibilidade suficiente para o zagueiro voltar a Seleção Brasileira.

“Estar em um grande clube como o Cruzeiro ou Vasco é sempre importante. Um centro como o Rio é bom, mas acho que aqui ele tem todas as condições de se projetar e novamente ser jogador de Seleção”, afirmou o técnico Marcelo Oliveira.

Dedé chegou a ser convocado por Felipão para os amistosos contra Itália e Rússia em março, mas ficou fora da Copa das Confederações e das listas para os últimos amistosos. Com pouco tempo até a convocação final, o zagueiro precisa reconquistar seu espaço no futebol brasileiro logo.

O volante Nilton, que também passou pelo Vasco, aaredita que o Cruzeiro é uma boa vitrine para Dedé. Em sua avaliação, apesar de estar fora do eixo Rio-São Paulo, a pressão em Minas também é grande e exalta o momento vivido por Dedé.

“No Rio são quatro equipes, aqui em Minas são três, colocando o América. Assim, a visibilidade é maior, por BH está sendo bem representado por Atlético e Cruzeiro. Com boas atuações você é mais reconhecido, é uma coisa que não acontecia no Rio. Aqui somos coroados da melhor maneira”, finalizou.