Em 2006, defesa do Vasco levou 19 gols em 11 jogos

A situação do Vasco seria cômoda se o time não tivesse cedido o empate nas duas últimas partidas em que vencia por 2 a 0. Agora, com a obrigação de vencer os dois jogos que restam para não depender dos adversários e conseguir uma vaga nas semifinais da Taça Rio, a ordem em São Januário é concentração máxima. Para todos, inclusive o artilheiro Romário.

Se a vaga estivesse assegurada, o veterano seria poupado do jogo, amanhã, em Cabo Frio. Mas, em situação delicada, o time não pode abrir mão de seu principal jogador. Romário já está até escalado, apesar do evidente desânimo do craque, que viveu dias difíceis com a filha caçula Ivy, internada com pneumonia.

Com Romário confirmado, o técnico Renato Gaúcho manterá o trio ofensivo. Como na frente o time vem correspondendo - são 28 gols marcados em 11 jogos -, a preocupação é impedir que a defesa volte a entregar o ouro - já são 19 gols sofridos.

- Não existe erro de um setor só. A defesa começa no ataque, e o ataque na defesa. A gente faz os gols lá na frente, a defesa se esforça para evitar, mas às vezes não consegue - comentou Edílson, que acaba de chegar.

Os sucessivos erros na defesa já causam mal-estar em São Januário. Tanto para quem está na frente, quanto para quem tem a missão de evitá-los. Valdiram, por exemplo, não esconde a frustração de fazer sua parte na frente e o time não vencer:

- Lá na frente, fazemos a nossa parte. Tomara que no próximo jogo não aconteça de novo de não segurarmos lá atrás. Precisamos enfrentar a Cabofriense como se fosse uma decisão.

Quem tem a missão de evitar os gols reconhece que falta mais atenção.

- Não dá para ser perfeito os 90 minutos, mas precisamos de concentração - alerta o zagueiro Jorge Luiz.