Futebol

Eleições: Critério de peso de votos na FERJ provoca aberrações

O colégio eleitoral da Ferj é composto por 304 votos. Destes, somente 72 são de clubes da Primeira Divisão. Os outros 232 votos se dividem entre clubes como Diana, Faissal, Centro de Futebol Arthurzinho, e ligas como as Carapebuense e Itaocarense de Desportos.

Pelo critério da Federação, clubes da elite do futebol do Rio têm direito a seis votos cada; clubes da Segundona, quatro votos; da Terceira Divisão, dois votos; e clubes amadores e ligas, um voto.

- A maneira ideal é dar peso maior aos clubes de maior investimento. Mas este é o modelo adotado há anos e temos de respeitá-lo. Quem sabe no futuro isso poderia mudar? - disse Pedro Costa, assessor da Ferj, passando a posição de Rubens Lopes, que não quis falar.

Enquanto alguns acham que os clubes grandes deveriam ter mais peso, outros preferem que a votação seja com todos no mesmo nível: cada clube tendo um voto.

- Sou a favor do voto unitário, independentemente de qualquer coisa. A democracia é assim: todos têm o mesmo peso - disse o candidato Francisco Horta.

O critério do valor de voto de cada clube provoca algumas disparidades. Desconhecidos como Faissal, Esprof e Diana têm, juntos, o mesmo número de votos que um dos quatro grandes. Para quem precisa de votos, independentemente da qualidade deles, é um bom negócio abrir a eleição para esses clubes.

- Acho que temos até pouco peso. Somos pequenos, gastamos muito para jogar. Queremos mais força para sermos grandes algum dia - reclama Valéria Faissal, presidente do Faissal, da Terceirona, ainda insatisfeita por valer 1/3 do que vale um grande na eleição desta quarta.

Caso os clubes da Primeira Divisão resolvam eleger seu próprio candidato, teriam de buscar apoio nos pequenos. A elite só tem 72 votos, enquanto a Segundona, 120 votos.

- Temos de ter mais votos. Nós que fazemos a Ferj - disse Elias Duba, presidente do Madureira.

Fonte: Lancepress