Eleição online divide candidatos à presidência do Vasco
Sob argumentação de que pretende evitar aglomerações em meio à pandemia e preservar associados de idade avançada, o Vasco caminha para realizar eleições presidenciais mistas, com opções de votação presencial no clube e via internet. O pleito está marcado para o próximo dia 7. A possibilidade do voto online, porém, tem a resistência de dois candidatos: Luiz Roberto Leven Siano e Sérgio Frias. Alexandre Campello, Jorge Salgado e Julio Brant são favoráveis.
Vale lembrar: a Assembleia Geral Extraordinária, que referendou as diretas do Vasco em 30 de agosto, já foi realizada via internet. O presidente da Assembleia Geral do clube, Faués Cherene Jassus, o Mussa, defende que o pleito do dia 7 também tenha a opção de voto virtual.
O Vasco está autorizado pela Secretaria Municipal de Saúde a realizar a eleição presencial em São Januário, mas uma alteração na legislação brasileira em função da pandemia da Covid-19 também permite que clubes adotem o voto online. Para isso, de acordo com a Lei Pelé, basta que este se dê em um sistema seguro e imune a fraudes.
O ge ouviu a opinião dos cinco candidatos a respeito do voto online. Leia abaixo:
Alexandre Campello
"Estamos em busca da melhor empresa para termos a eleição online. Se a eleição for híbrida, presencial como manda o estatuto e online, como muitos torcedores anseiam e que parece que tem previsão na lei, espero que isso seja possível. A decisão vai ser do presidente Mussa. A mim cabe oferecer todas as condições e providenciar tudo o que for necessário para termos a melhor eleição. E é isso que estou fazendo".
Jorge Salgado
"Nossas posições são muito claras. Fomos a favor da AGE das diretas, estamos na luta para garantir o direito de voto dos anistiados e apoiamos que a eleição do dia 7 possa ser feita à distância. Está mais do que na hora de incluir os sócios Off-Rio nas decisões do Vasco!"
Julio Brant
"Nossa luta e bandeira, desde 2014, foi pela democracia em uma eleição direta para presidente. Entregamos ao sócio vascaíno o desejo da eleição direta. Temos a convicção de que a eleição online é mais um passo para a transparência e traz a modernidade que o Vasco precisa".
Luiz Roberto Leven Siano
"Inexiste fundamento que autorize eleições online, a não ser o interesse de manipulação. Constitucionalmente, alterações eleitorais exigem vacância de um ano e não podem violar autonomia. Cerca de 6 mil pessoas votarão em São Januário nas eleições municipais uma semana depois (dia 15). Jogo limpo, por favor!"
Sérgio Frias
"As eleições municipais serão presenciais, e eu entendo que as eleições no Vasco podem também ser presenciais. Há de se tomar as medidas necessárias, tanto sob aspecto sanitário quanto em relação às aglomerações. Normalmente são 13 horas de pleito para que os associados possam voltar, entre 9h e 22h. Há de se ter cuidado com as aglomerações em torno de São Januário, há de se ter um distanciamento entre aqueles que estão indo para as triagens votar. E que não haja aglomeração pós-vota de pessoas que fiquem por ali depois de terem exercido seu direito de voto. Conversando e fazendo pequenas aglomerações. Elas devem ser conduzidas verbalmente para o direcionamento da saída, e a eleição poderá se dar de maneira absolutamente tranquila".
Fonte: ge