Eleição: obra suspeita no Calabouço e urna eletrônica quase aprovada
A dez dias da nova eleição vascaína, marcada de acordo com as determinações da Justiça pelo conselheiro Alberto Moutinho, os bastidores políticos do Vasco já estão fervendo. Ambas as chapas já utilizam de suas armas para conquistar sócios, o local determinado pela Justiça para ser sede do pleito está em obras por ordem da diretoria e o TRE já deu o primeiro passo para que urnas eletrônicas sejam utilizadas no pleito vascaíno.
Para diminuir as chances de fraude, Alberto Moutinho requisitou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) a utilização de urnas eletrônicas na eleição. O pedido foi encaminhado à Secretaria de Tecnologia de Informação do TRE, que já deu parecer positivo para a utilização das máquinas. Agora, o caso está na presidência do Tribunal e o despacho definitivo pode ser dado ainda hoje.
Outro motivo de polêmica é a sede da eleição vascaína. Alegando motivos de segurança, como uma área mais central e a existência de apenas um local para entrada e saída de sócios no lugar onde estarão instaladas as urnas, a Justiça determinou que o pleito seja realizado na sede do Calabouço, e não em São Januário.
O problema é que há poucos dias a diretoria interina do Vasco determinou que obras sejam feitas no salão de festas do Calabouço, local onde seriam instaladas as urnas. Diante deste quadro, o local pode estar impossibilitado até mesmo no dia da eleição.
Enquanto isso, cada lado ataca de uma maneira para conquistar espaço antes do dia 21. Roberto Dinamite já compareceu a alguns locais da cidade, sempre em campanha para que sua chapa saia vencedora desta vez na eleição. No último sábado, Dinamite acompanhou a partida de estréia de Portugal na Eurocopa junto a sócios vascaínos e aproveitou para explicar as propostas da campanha.
Hoje, dia do segundo jogo da equipe de Felipão, Roberto repetirá a dose da campanha.
Do lado da situação vascaína, há a preocupação com a realização de um novo pleito, fato que já é contestado na Justiça. Para Eurico Miranda, a convocação da eleição para o dia 21 de junho feita por Alberto Moutinho é irregular. Isto porque o clube ainda não havia sido notificado oficialmente pela Justiça sobre a decisão de um novo pleito. É o caldeirão já em plena ebulição...
Situação em campanha
Negação Inicialmente, a diretoria vascaína tratou o assunto com silêncio, mesmo com a decisão da Justiça de que uma nova eleição teria de ser realizada.
Resposta Depois da publicação no Diário Oficial da ordem judicial, a diretoria passou a se pronunciar através de notas oficiais em seu site oficial.
Termômetro Na manifestação de hoje, a adesão dos torcedores poderá indicar o quanto a diretoria vascaína conta com apoio para a eleição que se aproxima.
Oposição em campanha
Eleição nas ruas Desde que iniciou a reivindicação por um novo pleito, o MUV tem utilizado outdoors e anúncios em bancas de jornal como forma de propaganda.
Colônia portuguesa Roberto Dinamite assistiu com portugueses à estréia da seleção comandada por Felipão na Eurocopa. O objetivo é se aproximar dos eleitores em potencial.
Almoço O MUV realiza amanhã um almoço na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro com sócios vascaínos.
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