Eleição: Candidatos respondem sobre temas centrais para o futuro do Vasco
A partir das 10h deste sábado, sócios do Vasco votam para definir o novo presidente do clube associativo. É a primeira eleição desde a venda do futebol cruz-maltino via SAF para a 777 Partners.
Entre as responsabilidades do novo presidente estarão as decisões sobre a reforma de São Januário, que permaneceu em posse da associação, a escolha de um nome (além do presidente) para compor o Conselho Administrativo da SAF e exercer assim os 30% do futebol que seguem sob o associativo, além de administrar o patrimônio e os esportes olímpicos.
Pouco mais de 6 mil sócios estão aptos a votar neste sábado. O processo, que chegou a ter até oito possíveis candidatos, se reduziu a dois: o advogado Leven Siano (chapa Somamos), que participa de sua segunda eleição, e Pedrinho (chapa Sempre Vasco), ídolo do clube nos gramados, que deixou o cargo de comentarista esportivo para concorrer pela primeira vez à presidência.
O Panorama Esportivo procurou os candidatos e apresentou a eles cinco questionamentos centrais para o futuro do Vasco, pelos quais passará o mandato daquele que for eleito neste sábado, no triênio 2024-2026.
Por que você deve ser o presidente do Vasco?
Leven Siano: Porque tenho um projeto para transformar o Vasco e deixar um legado.
Pedrinho: O Vasco precisa de uma representatividade com credibilidade no mercado. Eu acho que o Vasco perdeu muitas possibilidades com empresas e patrocínios porque não tinha credibilidade. O clube politicamente sempre foi tumultuado e (quero mudar) através da minha imagem, do meu network e das portas que eu possa abrir. Já estou com grandes empresas com a possibilidade de grandes investimentos. Credibilidade através do que a minha carreira representa, não de desempenho, estou longe de ser top-10 no Vasco, mas realmente de representatividade na questão de integridade para trazer credibilidade pro mercado.
Quais são seus planos para São Januário após a aprovação da transferência do potencial construtivo?
Leven Siano: Nós temos dois projetos para São Januário, um da empresa sueca Serneke e outro da Populous. Temos a preferência pelos projetos de estádios da Populous, gigante britânica mundial, no qual o formato é da caravela São Gabriel, de Vasco da Gama, e foi eleito entre os melhores estádios do futuro em uma votação pela revista alemã One Football. A gente entende que embora este da caravela seja o melhor projeto para São Januário, porque vai tornar aquela aquela região um ponto turístico, nós entendemos que a decisão pelo melhor design, pelo melhor projeto, deve ser uma decisão democraticamente compartilhada com os vascaínos para que eles tenham a oportunidade de votar. Respeitaremos a nossa essência vascaína. Este projeto apresentado (o da atual administração) e os demais, colocaremos para a torcida vascaína votar e escolher democraticamente o melhor projeto para a nossa casa.
Pedrinho: Eu acho que o potencial construtivo é um grande passo, mas temos o nosso projeto, o torcedor tem o projeto dele. Você tem que entender todos os projetos e de repente fazer uma enquete em que a gente ouça o torcedor, que é quem vai frequentar São Januário. Obviamente tem a questão administrativa, que seja para o clube em termos de receita, mas sem o Vasco perder a sua essência. E através de uma opinião conjunta, ouvindo o torcedor, tomar a melhor decisão. Não tenho vaidade em ser o projeto do Pedrinho, tem que ser o projeto que seja melhor para o Vasco.
Além de você, quem vai integrar o Conselho Administrativo* da SAF?
*Composto de sete cadeiras, cinco da 777 Partners e dois do clube associativo, sendo um deles o presidente
Leven Siano: Estou levando o José Hamilton Mandarino, vice-presidente de futebol do último título nacional do Vasco (a Copa do Brasil de 2011).
Pedrinho: A segunda cadeira ainda está em avaliação. Estamos em processo de avaliação para ver em que esfera vamos atacar, se a administrativa, jurídica ou esportiva.
Qual a posição do seu grupo em relação à SAF e uma futura relação com a 777 Partners?
Leven Siano: Aprendi na Uefa que a melhor forma de gerir um clube de futebol hoje em dia é a chamada gestão de partes interessadas. Então, nosso interesse é convergir com a SAF, mas condicionado à transparência, à sustentabilidade do Vasco associativo e à capacidade de disputar títulos.
Pedrinho: De entendimento das questões contratuais, ver o que temos de direito de TV, fiscalizar naquilo que a gente tem que fiscalizar. Transparência, que é o mais importante. Quando a 777 compra o Vasco ela não está comprando um clube, está comprando uma história e tradição. Atrás desse combo tem o seu maior patrimônio, que é o torcedor. Tem que ficar muito claro o alinhamento, ajustes, benefícios dos sócios. Tem que ter muito diálogo e revisitar o contrato para a gente obviamente ver o que é melhor para o Vasco. Não podemos ter divisão entre sócios estatutários, sócio-torcedor e clube associativo. É uma gestão que tem que ser conjunta.
Quais são os planos do seu grupo para os esportes olímpicos?
Leven Siano: Reativar os esportes olímpicos através de projetos incentivados e possibilidades de patrocínio que já temos alavancados para alguns dos esportes.
Pedrinho: Com as grandes empresas que estão vindo com a gente, temos um potencial enorme de projetos incentivados. O esporte paraolímpico sempre foi muito forte com a gente. O futsal, de onde eu vim, com a liga agora nacional. Através desses esportes incentivados a gente tem um potencial de ter um aporte financeiro muito grande para fazer um esporte olímpico muito forte como sempre foi característica do Vasco.
Fonte: geMais lidas
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