Futebol

Eduardo Costa lembra que trabalho de PC não encaixou no Vasco

No ano passado, PC Gusmão chegou ao Vasco em meio a um turbilhão. Celso Roth havia deixado o clube na mão após pedir dispensa com menos de um mês de trabalho. O ambiente era péssimo, o clube estava em penúltimo no Campeonato Brasileiro e a pressão vinha de todos os lados. Mas o trabalho caminhou bem e, no fim da temporada, além de ter conseguido evitar o rebaixamento, ainda classificou o time para a Sul-Americana.

Só que nem tudo foram flores. Perto das últimas rodadas, PC Gusmão chegou a ter problemas de relacionamento com parte do elenco. A diretoria vascaína estava ciente disso, mas resolveu apostar na continuidade do trabalho em 2011. Veio a pré-temporada em Atibaia-SP e ficou a impressão de que tudo já era parte do passado. Mas as três derrotas consecutivas na Taça Guanabara além das velhas crises internas fizeram com que ele fosse demitido em um clima nada amistoso.

Após tanta polêmica, Ricardo Gomes assumiu, colocou o time de volta nos trilhos e a retomada culminou com o título da Copa do Brasil. E é esse Vasco totalmente remodelado que irá reencontrar no próximo domingo o antigo comandante PC Gusmão, hoje técnico do Atlético-GO. O confronto, às 18h30m (de Brasília), no Serra Dourada está repleto de expectativa interna. Mas, pelo menos no discurso, ninguém admite qualquer mágoa ou sabor diferente. Eduardo Costa, por exemplo, lembrou que o trabalho dele simplesmente não encaixou.

- Este não foi o primeiro caso e nem vai ser a último de um treinador sair e a equipe crescer com um novo comandante até chegar a um título. Em certas oportunidades, o trabalho de um profissional não encaixa em um clube e acaba funcionando em outro. E ele está bem por lá - afirmou o volante.

Eder Luis foi além. O atacante pediu respeito ao antigo treinador por tudo que ele encarou no ano passado. Eder não acredita em sentimento de vingança por nenhum dos lados, apenas em vontade de ver os próprios times vencedores do confronto.

- O PC pegou o Vasco em situação muito difícil. O Celso Roth havia acabado de sair e ele encarou. Temos de respeitar o trabalho que ele fez. Este ano acabou sendo infeliz. Ele tentou fazer coisas boas, mas não conseguiu. Já o Ricardo Gomes chegou e encaixou. Agora a vida de todos continua. Nós vamos defender o Vasco e ele o Atlético, simples assim - afirmou.

Fagner também disse que não existe mágoa. O lateral-direito não acredita que PC poderá se beneficiar do conhecimento que tem do Vasco, já que o time mudou sua forma de jogar com Ricardo Gomes.

- O time mudou bastante o jeito de jogar. Ele pode conhecer as características individuais dos jogadores, mas o conjunto alterou bastante. Não existe nenhum tipo de mágoa.

O Vasco é o sétimo colocado do Brasileiro com oito pontos. O Atlético-GO é o oitavo com um ponto a menos.

Fonte: ge