Edmundo: "Passei um período muito longo tapando buraco"
O atacante Edmundo, do Vasco, fala sobre a partida de volta pelas semifinais da Copa do Brasil, contra o Sport, nesta quarta-feira (28/05), às 21h50min, em São Januário. Para avançar à final da competição, o Gigante da Colina terá que derrotar o Leão do Norte por três gols de diferença. Uma vitória por 2 a 0 levará a decisão da vaga para os pênaltis. O Sport venceu o jogo de ida por 2 a 0, na última quarta-feira (21/05), em Recife.
"O mais difícil é fazer os gols, porque a gente não acha que vai levar os gols. Se achar que vai levar algum gol, já não pode mais pensar em dois, tem então que começar a pensar em quatro, cinco. Aí fica mais complicado. Acho que o mais difícil é a ansiedade de fazer o primeiro, porque todo mundo fica falando \"A gente tem que fazer logo, porque quanto mais o tempo for passando, mais difícil\". Não acho. Acho que a gente tem que fazer quando puder, mas o mais importante é que tenha perseverança e jogue em cima, com vontade, disposição, e não deixe em momento nenhum a torcida ficar desacreditada, porque aqui em São Januário a gente já viu isso. O nosso time é jovem e, se a torcida não apóia, a gente pode se abater. A atmosfera é toda positiva. Difícil vai ser, a gente tem certeza disso, mas acredita muito que pode", disse ao repórter Rodrigo Campos, da Rádio Manchete.
O Animal voltou a afirmar que encerrará a carreira como jogador profissional no dia 20 de janeiro de 2009, ao término do seu contrato, independentemente da conquista de um título ou classificação para a próxima Copa Libertadores da América.
"Com certeza. Se a gente for campeão... Acredito muito que, se a gente passar por essa etapa, vai mais forte ainda em busca do título. É lógico que, respeitando todos os três concorrentes [Botafogo e Corinthians fazem a outra semifinal], que são muito fortes. A minha decisão já está tomada, independente de título ou não título. Ganhei muita coisa precocemente, nos meus primeiros anos de carreira. A partir disso, tive muito valor, fui muito valorizado. O período do futebol brasileiro também era ótimo, com as grandes... multinacionais americana e suíça, sei lá, entrando no Brasil - a Parmalat é italiana. Depois passei um período muito longo tapando buraco, jogando em times que me contratavam mais pelo nome do que propriamente pela parte técnica ou por necessidade. Aí eu ficava seis meses aqui, seis meses ali, e nunca mais tive a oportunidade de jogar em um grande time, bom, vencedor. O último que joguei, acho que foi o Vasco de 2000. A vida é assim. Às vezes, você roda para cá, roda para lá. Agora não, é uma situação completamente diferente. Estou feliz, contente. Está na hora realmente de encerrar. Se puder ser com um título, vai ser maravilhoso, porque tudo de bom e maravilhoso que vivi aqui dentro vai aumentar ainda mais".
"Não, não, não vai querer não (risos)", disse, quando perguntado se a torcida vai querê-lo disputando a Libertadores em 2009.
O jogador não usa como exemplo a final da Copa Mercosul de 2000, quando o Vasco derrotou o Palmeiras por 4 a 3, no Parque Antártica, após sair para o intervalo perdendo por 3 a 0.
"A virada foi maravilhosa, mas o 4 a 3 não serve (risos). O exemplo tem que ser outro, do Lanus, que o Vasco tomou 2 a 0 na Argentina, veio aqui e fez 3 a 0. Isso tudo é teoria. A prática é o mais importante, e também o que tenho visto no dia-a-dia, que a gente se gosta, admira, acredita. O que eu mais temia não vai acontecer - que a torcida não estivesse do nosso lado. A torcida vai estar do nosso lado e nos apoiar, então só depende da gente e, é lógico, uma sortezinha ou outra. Sei lá, esperar a hora do jogo. A ansiedade para mim é grande, então falar antes... Não gosto de prometer nada que não posso cumprir. Mas tenho certeza que a gente vai lutar para caramba e fazer de tudo para que consiga o melhor resultado".
O atleta comenta o que o time mais necessita.
"Acho que a palavra nem é tranqüilidade, porque a gente não precisa de tranqüilidade, precisa mais é de adrenalina, correria, vontade e disposição. A parte que mais gosto do [Antônio] Lopes é essa, a motivacional. Ele acredita, confia, dá confiança total para todos os jogadores que vão em campo, para que tente a jogada e, se errar, faça de novo. Acho que isso é super importante. É nesse ponto que vou me apegar, porque a gente tem que arriscar", disse à repórter Thayssa Bravo, da Rádio Globo.
Edmundo acredita que o confronto será mais difícil do que as semifinais entre Corinthians x Botafogo (1x2 na ida), também pela Copa do Brasil, e Boca Juniors x Fluminense, pela Libertadores.
"Acho que o mais difícil é o nosso, porque o Botafogo já fez a sua parte, ganhou, tem uma vantagem. Quando se fala em clássico, é uma grande vantagem você ganhar o primeiro. Acho que o Fluminense vai ter uma partida dificílima, porque o Boca é um extraordinário time, que joga bem a Libertadores. Depois tem o jogo de volta e tudo pode acontecer, mesmo eles não conseguindo um bom resultado lá. O nosso aqui é a última. A gente já não tem outra chance e começa o jogo contra o tempo, relógio, já perdendo de 2 a 0. Se tomar um gol, piora ainda mais as coisas. Mas acredito muito na nossa equipe, no esquema que o Lopes está armando, e essa confiança da torcida só está me enchendo mais de esperança".
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