Edmundo fala sobre Leandro Amaral e evita comparação com seu próprio caso, n

O atacante Edmundo fala sobre Leandro Amaral, seu companheiro de ataque que teve um conturbado retorno ao Vasco.
"Sei lá, um desentendimento normal. Ele entendia que o contrato dele tinha acabado, o Vasco entendia que não. Isso foi resolvido em uma outra esfera e felizmente ele está aqui com a gente, tem treinado bem e estado alegre. Acho que a torcida tem que saber que a gente tem que estar unido. A gente já está frágil unido. Sem estar unido, a gente vai estar mais frágil ainda. A gente tem que reunir todas as condições, dar todo o apoio para ele. Acho que ele já recebeu isso diariamente dos jogadores, da comissão técnica e diretoria. Acho que a torcida vai entender isso. Os poucos torcedores que estiveram aqui no sábado e viram o nosso jogo-treino deram esse apoio para ele todas as vezes em que ele tocava na bola e quando fez o gol. Acho que não vai ter muito problema. O torcedor tem que vir, aplaudir e apoiar o tempo todo o time, que está precisando. A gente só vai ser forte se tiver a ajuda do torcedor", disse ao repórter Wilson Pimentel, no programa "Momento Esportivo", da Rádio Brasil.

O Animal evita comparações com um caso ocorrido na sua carreira.
"Não, uma coisa completamente diferente. Quando cheguei em 96, eu tinha ida para o Palmeiras, Flamengo e depois Corinthians, foram negociações normais que aconteceram. Em 97 o problema que aconteceu foi que o clube estava há alguns meses sem pagar e eu tinha recebido a promessa de que ia receber rigorosamente em dia. No começo do ano fiquei sem jogar mas não fui para clube nenhum, fiquei de folga na praia, jogando beach soccer, essas coisas. A imprensa acabou explorando isso, ia me filmar jogando futevôlei ou beach soccer na praia. Algumas pessoas levaram para o outro lado, mas o time começou a jogar bem, ganhar, e isso é esquecido porque Edmundo, Leandro Amaral, Romário, qualquer nome é secundário. O importante é o Vasco. Sempre quem entra em campo é o Vasco, independente dos nomes. Se o Leandro, por exemplo, não entrar, vai entrar um outro jogador - Alex [Texeira], Alan Kardec ou Jean. Os nomes vão mudar sempre, mas o Vasco vai permanecer. O torcedor que estiver em São Januário vai torcer para o Vasco. Acho que tem que ser sempre assim, pensar que o Vasco vai ser sempre forte".

O jogador acredita que Leandro tem tudo para reconquistar a torcida do Gigante da Colina.
"Acho que completamente, perfeitamente, até porque, quando ele chegou aqui no final de 2006, estava em uma situação bem pior do que hoje. Ele vinha de um bom tempo parado, uma desconfiança muito grande. Muito pelo contrário, hoje ele é um jogador consagrado, disputado por grandes equipes. Isso o credencia a jogar bem. Acho que isso vai dar para ele todas as chances, oportunidades de ele jogar bem pelo Vasco".

O atleta prefere não opinar sobre as atitudes de Leandro.
"Isso não cabe a mim. Não tenho que de maneira nenhuma estar questionando ele se está arrependido, não está arrependido, está certo. Ele é adulto, vacinado e responsável pelos seus atos. Vim aqui atenciosamente para atender vocês e me fizeram dez perguntas sobre o Leandro. Não dá para responder pelos outros. Eu gostaria muito de responder por mim".

Edmundo, que passou a semana bastante resfriado e não participou de alguns treinos, garante presença contra o Corinthians-AL, pela partida de ida das quartas-de-final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (07/05), às 19h30min, em São Januário.

"Acabou o treino agora, ainda faltam 30 e poucos horas até o jogo. Acho que até lá vou reunir as condições possíveis, porque senão não iria para a concentração. Se vou jogar 10, 15, 20, 90 minutos, só o jogo vai dizer, mas a certeza única é que vou tentar jogar o melhor possível no período em que estiver dentro de campo".

"O Vasco está crescendo, melhorando, encontrando um padrão de jogo. Três zagueiros, dois volantes, alas, meias que encostam no centroavante, no caso, eu, que estou jogando assim. Joguei assim o segundo tempo contra o Fluminense, depois o segundo contra o Criciúma aqui, o jogo inteiro contra o Criciúma. Foram jogos em que a equipe se comportou bem. Quando a equipe se comporta bem, joga bem e cria oportunidades, faço parte dessa engrenagem e consigo jogar bem também. Acho que está indo bem. Independente do meu posicionamento específico, o comportamento do Vasco, em um modo geral, tem melhorado. Acho que a gente tem que continuar assim, crescendo. A gente precisa do apoio da torcida para passar essa fase e sonhar. Depois que a gente passar essa fase, chegar entre os quatro melhores da Copa do Brasil e começar a sonhar com o título. Mas tem que também saber que essa equipe é forte, eliminou duas boas equipes - Atlético-PR e Juventude. Vai ser difícil, como são todos os outros jogos, mas a gente está pelo menos melhorando, crescendo. Isso nos credencia até a sonhar em chegar a uma semifinal".

O atacante Jean, que participou da segunda etapa do jogo-treino contra o Estácio de Sá, no último sábado (03/05), e deixou o campo sentindo um desconforto muscular na coxa direita, foi vetado para o jogo.