Futebol

Edmundo e Romário: muita história para contar

Protagonistas de uma das relações mais conturbadas do futebol brasileiro, Romário e Edmundo se reencontram no Vasco nesta temporada. Os dois atacantes, além dos belos gols, entraram para a história por causa das brigas e confusões.

Em 1995, Romário pede e é atendido pela diretoria do Flamengo: o então amigo Edmundo é contratado para formar o ataque dos sonhos no ano do centenário rubro-negro ao lado do Baixinho e de Sávio. No embalo, os dois jogadores resolvem atacar de músicos e escrevem o rap dos Bad Boys, apelido que possuíam.

O ataque dos sonhos foi um fracasso, mas os laços de amizade entre os jogadores se estreitaram. Numa partida contra o Vélez Sarsfield-ARG, pela Supercopa, Romário aplicou uma "voadora" no zagueiro Zandoná, que agredira Edmundo com um soco.

O bom relacionamento permaneceu firme até a Copa do Mundo de 1998. Edmundo foi um dos jogadores que foram solidários com a tristeza de Romário após o corte. Porém, a presença de uma caricatura do Animal na porta de um dos banheiros do Café do Gol, casa noturna do Baixinho, fez com que a amizade fosse por água abaixo.

Romário ainda tentou se reaproximar do atacante em 1999, quando, na moda das comemorações com mensagens estampadas em camisas, mostrou solidariedade com a prisão de Edmundo por conta do acidente automobilístico que matou três pessoas em 1995.

Ainda em 1999, Romário acertou sua volta para o Vasco, onde Edmundo era ídolo incontestável. A chegada do Baixinho fez com que as atenções em São Januário fossem divididas, o que não agradou o Animal.

O clima entre os dois não foi bom e só foi amenizado dentro de campo, onde formaram dupla arrasadora. No Mundial de Clubes da Fifa, em 2000, Edmundo e Romário comemoraram juntos os gols sobre o Manchester United, da Inglaterra, numa cena que ficou marcada na memória dos vascaínos.

A derrota do Vasco na competição acabou com as chances de paz entre a dupla e o ambiente na Colina se tornou cada vez pior. Por conta das brigas de vaidade, surgiu a célebre frase de Romário a respeito do príncipe (Romário), do rei (Eurico) e do bobo (Edmundo).

Edmundo acabou perdendo a queda-de-braço com Romário e deixou o Vasco na metade do ano. Os dois só foram fazer as pazes em 2003, mas a relação nunca voltou a ser a mesma dos tempos de Flamengo. A dupla voltou a ser reeditada no Fluminense em 2004, sem sucesso.

Fonte: Lancenet!