Edmundo apoia Kléber e vê relembra pênalti perdido contra o Vasco, pelo Cruz
Edmundo assiste à ira da torcida do Cruzeiro com Kléber como se visse uma cena de sua carreira se repetindo. Em 2001, o atacante defendia a Raposa e foi dispensado por ter perdido um pênalti contra o Vasco, que sempre declarou ser seu clube do coração. Oito anos depois, o agora comentarista da Rede TV! define os fanáticos cruzeirenses como figuras que atrapalham a identificação de um jogador com a equipe.
\"A torcida do Cruzeiro não é uma coisa quente, que te dê prazer de jogar lá\", disse o Animal à GE.Net. Os torcedores tiveram um pouco de participação na saída de Edmundo da Toca da Raposa. Antes de enfrentar o Vasco em São Januário em 2001, ele afirmou: \"Tomara que não faça gol lá\". No dia seguinte, bateu penalidade para fora, ouviu gritos de agradecimento dos cruz-maltinos na derrota celeste por 3 a 0 e a diretoria mineira, diante dos protestos de sua torcida e conselheiros, o demitiu.
O caso de Kléber é diferente, mas Edmundo aponta erros na nova revolta celeste. \"Isso é uma forma de aparecer também. Até porque a imprensa de Belo Horizonte trata muito mal o jogador que vem de fora, como se fosse estrangeiro\", acusou. \"Não tenho nada contra a torcida do Cruzeiro, só fiquei quatro meses lá. Mas fiquei cinco anos no Palmeiras e é lógico que tenho mais afinidade em um lugar onde fiquei cinco anos e ganhei títulos\", comparou.
O ex-atacante, entretanto, prefere dar uma lição. \"A torcida do Cruzeiro tem é que acolher bem o Kléber. Tratá-lo com carinho e respeito para ele ter prazer de jogar lá e visitar também a torcida do Cruzeiro. Senão chega no final do ano, ele não quer ficar e quem perde? O Cruzeiro\", apontou o Animal.
\"Também não sei se há no clube e na torcida a intenção de fazer o Kléber sair. Às vezes há segmentos de oposição dentro do clube que fazem um movimento contrário. Mas provavelmente não é o caso do Cruzeiro porque não tem oposição. A família Perrella está lá há 100 anos\", raciocinou.
Suposições à parte, Edmundo sempre teve bom relacionamento com palmeirenses e vascaínos mesmo atuando em outros clubes. Por isso, é solidário ao Gladiador. \"O Kléber tem afinidade com a torcida do Palmeiras e tem que cultivar. E não acho que ele esteja errado, está coberto de razão. Faltou ao treino? Então pronto. Na folga, o torcedor do Cruzeiro faz o que quer, porque o jogador não pode?\", indagou.
\"Uma coisa é o lado profissional e ele está representando muito bem o Cruzeiro. Outra coisa é amizade. Vivem cobrando que jogador não tem afinidade com o clube, que ninguém mais se apega ou também amor ao futebol, aí vão criticar quando ele dá esta demonstração de afeto a um clube que ele não ficou porque a diretoria não teve condições ou não quis\", continuou o ex-jogador, fã do camisa 30 celeste.
\"Eu nem o conheço, mas vejo nele uma coisa positiva porque é determinado, aguerrido, luta pelo time que jogue. Prefiro ele do que um monte que tem aí que se esconde, não se apega ao jogo. Por isso o defendo\", argumentou. \"Basta um nomezinho para que as pessoas achem defeito, mas eu prefiro ver as qualidades.\"
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