Edmundo: "A gente não precisa de tranqüilidade. Precisamos de vontade"
O atacante Edmundo foi um dos últimos a deixar o campo de São Januário após o treinamento desta terça-feira, véspera da partida decisiva contra o Sport, pelas semifinais da Copa do Brasil. Concentrado para o confronto em que o Vasco precisa vencer por três gols de diferença para chegar à final do campeonato, o Animal conversou com a imprensa por cerca de 20 minutos. Durante o papo, o jogador afirmou que a confiança do torcedor cruzmaltino, que já comprou todos os 20 mil ingressos colocados à venda, está contagiando ainda mais o grupo.
Na conversa, Edmundo falou da atitude do Vasco em campo, da presença dos torcedores, e de como o time precisa atuar para sair com um bom resultado nesta quarta-feira.
TÍTULO NACIONAL
"Sem dúvida nenhuma a torcida está querendo novamente um grande título, até porque viu o Flamengo ganhar recentemente a Copa do Brasil, o Fluminense vencer no ano passado. Acho que a rivalidade faz com que o torcedor queira muito um título. O Brasileiro só termina no dia 7 de dezembro e a Copa do Brasil acaba na próxima semana. A ansiedade é ainda maior por conta disso. O torcedor acredita no time quando ele vê a possibilidade desse sonho se tornar realidade. Quem ganha mais com isso é o clube, é o jogador. O torcedor tem a alegria que a gente não consegue pegar, não consegue apalpar, que é o ganho da felicidade, o ganho do sorriso. Às vezes, uns vão até chorar de emoção, mas é uma coisa de sentimento, que não dá para explicar. Se eles (torcedores) estão confiando é porque é possível, e a gente vai atrás."
GRITO DA ARQUIBANCADA
"É muito bom, muito gratificante. Depois de uma certa idade, depois de passar tantas vezes por isso, você se acostuma, mas quando não tem, sente falta. Ainda mais quando é verdadeiro, quando é sincero. Às vezes, você é contratado por um clube, chega lá, joga duas partidas, e todo mundo grita o seu nome. Aí, o time começa a perder e o primeiro alvo são as contratações que foram feitas, dizendo que você é mercenário ou coisa parecida. No Vasco é diferente. As pessoas têm carinho, amizade, respeito. Isso é o maior patrimônio que eu posso ter. Ter uma torcida bacana, forte, ao meu lado."
TRANQÜILIDADE OU AFOBAÇÃO?
"A palavra certa para o Vasco não é tranqüilidade. A gente não precisa de tranqüilidade. A gente precisa mais de adrenalina, correria, vontade e disposição. Essa é a parte que eu mais gosto do Lopes. A parte motivacional. Ele acredita, confia, dá confiança total para todos os jogadores que vão para campo. A gente precisa arriscar. Eles (Sport) vão fazer um jogo em que cada falta, eles vão demorar para levantar. Cada lateral, eles vão demorar para cobrar. Eles vão testar a nossa paciência. A gente vai ter 90 minutos e isso vai ser sufuciente para a gente fazer os gols necessários. Tem que pensar em um de cada vez. Tem que fazer um de cada vez. A gente não consegue fazer o terceiro se não fizer o primeiro e o segundo. Faz o primeiro, continua insistindo. Faz o segundo, continua insistindo, e faz o terceiro. Claro que tudo aqui é teoria. Do lado de lá tem o Sport. Se eles não fizerem gol e não sofrerem gols, eles vão para Recife classificados.
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