Futebol

Eder Luis é um dos atacantes que mais roubam bolas no Brasileiro

Rio - Eder Luis fez 45 jogos no ano. Somente Fernando Prass entrou mais em campo do que ele, que empata em número de partidas com Rômulo. Mas, nos últimos tempos, a torcida já mostrava preocupação com o camisa 7, autor do gol do título da Copa do Brasil. Contra o Ceará, enfim, o atacante encerrou um período de seis jogos sem fazer gol — o último tinha sido o golaço que abriu a vitória sobre o São Paulo, no Morumbi — e fez lindas jogadas, que entusiasmaram o torcedor. Para o jogador, a irregularidade dos últimos tempos tem explicação: cansaço e excesso de funções.

\"É simples de explicar. Caiu meu rendimento até porque mudei minha forma de jogar. Estou compondo mais a marcação, ajudando o Juninho a compor os espaços, fechando a lateral, na direita. Pela quantidade de jogos seguidos, isso faz que você perca a força. E a confiança também\", justificou.

A importância do jogador no esquema de Ricardo Gomes, que Cristóvão Borges mantém, é ainda mais sinalizada pelos números de Eder Luis no Brasileiro. Em 17 partidas, foram três gols e três assistências, incluindo a do último jogo, contra o Ceará. Foi contra o time do Nordeste também que o atacante mineiro bateu seu recorde na competição: acertou 34 passes no jogo, quando o máximo dele tinha sido 27, na derrota para o Cruzeiro.

Em toda a competição, Eder Luis, que lembrou do seu empenho na marcação, desarmou 16 vezes os adversários. Está no ranking dos atacantes que mais roubam bolas no País, como Jorge Henrique, do Corinthians, e Dagoberto, do São Paulo, que têm funções parecidas com a dele no Vasco.

Por todo esse esforço, Eder Luis pede mais compreensão nas vezes em que não se sai tão bem nas partidas.

\"A gente tem de analisar a atuação como um todo. É difícil fazer esse papel de marcação sempre e depois chegar ao ataque. Você chega já sem pernas para finalizar\", defendeu-se.

O atacante também destacou a importância do auxiliar de Ricardo Gomes. Cristóvão Borges ajudou muito o jogador a melhorar nas últimas partidas. A boa relação entre os dois é um trunfo a mais, afirmou o camisa 7 vascaíno.

Fonte: O Dia