Écio Capovilla, ex-Vasco, relembra time do super-super de 58 e critica desma
Eu tive um papo muito gostoso com o ex-atleta Écio Capovilla. Ele jogou no Fluminense, Vasco e Seleção Brasileira. Era um médio-volante com muita técnica, habilidade e um passe muito preciso. Hoje ele é um empresário do segmento de gastronomia. A nossa conversa se concentrou na organização tática de um time.
Iniciamos com o futebol que está jogando o líder da Série B, o Atlético de Goiás. Joga um futebol solidário, bem agrupado e muito consciente em todos os setores. Também pudera, o time tem 8 atletas titulares que conseguiram o acesso da Série C para a Série B, ano passado. Até agora só saiu o Gil, zagueiro que foi para o Cruzeiro. E o treinador é o mesmo do acesso, Mauro Fernandes.
Corinthians e passado
Falamos também do Corinthians, que até as vendas de André Santos, Cristian e Douglas, além da contusão do Ronaldo Fenômeno, vinha jogando um futebol inteligente e moderno, implantado por Mano Menezes. Aí o Écio me disse que quando ele jogava, os times eram mantidos durante vários anos, o que atualmente se torna impossível.
Citou o Vasco, super-campeão carioca de 1958 com Ita, Paulinho e Belline; Écio, Orlando e Coronel; Sabará, Almir, Vavá, Valdemar e Pinga. Ele me falou também que era tal o entrosamento desse time, que antes da bola chegar aos seus pés, os seus companheiros já se posicionavam no lugar certo, sabendo onde ele ia colocá-la.
Contra o desmanche
Volto aos dias de hoje. O futebol do Palmeiras está muito interessante, tanto é que a sua diretoria se reuniu com a parceira Traffic e noticiou que nenhum atleta será vendido antes de 2010, a não ser que o próprio atleta queira sair. Querem evitar o desmanche.
É aí que mora o perigo. O desmanche é o fim de um bom time. A montagem demora muito, desde as contratações dos atletas com o perfil desejado pelo treinador, até o sistema tático a ser empregado. São meses de trabalho. Mas a rapidez do desmanche é num estalar de dedos. Dedos que trazem dólares, dedos que trazem euros.
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